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Duas mulheres são presas suspeitas de espionarem ações da Polícia Militar no Rio

Agentes do Bope conduziram dupla à delegacia após serem seguidos por veículo de Laranjeiras a Ramos, na zona norte

Rio de Janeiro|Victor Tozo*, do R7, com Record TV Rio

Câmera foi usada para vigiar PMs
Câmera foi usada para vigiar PMs Câmera foi usada para vigiar PMs

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (21), duas mulheres suspeitas de monitorarem ações da PM em Bonsucesso, na zona norte do Rio de Janeiro. Elas foram conduzidas até a delegacia do bairro por agentes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) que perceberam estar sendo seguidos pela dupla em um veículo.

Segundo os policiais militares, as mulheres os acompanharam desde a saída da sede do Bope, em Laranjeiras, na zona sul, até o batalhão da Coordenadoria de Operações Especiais, em Ramos, na zona norte. Os agentes disseram que alteraram o percurso diversas vezes e que, mesmo assim, permaneceram sendo seguidos.

Os PMs abordaram as suspeitas e, com elas, recolheram celulares que estavam sendo utilizados para repassar por mensagens informações e a localização das viaturas em tempo real.

A investigação da 21ª DP (Bonsucesso) descobriu a existência de um imóvel, alugado em Laranjeiras, no qual estaria instalada uma câmera direcionada ao Bope. O equipamento foi retirado antes da ida dos agentes ao local. Um terceiro suspeito foi preso quando ia até o apartamento. A polícia agora analisa as imagens do condomínio.

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Além disso, os investigadores encontraram outro imóvel alugado por uma das mulheres na Cidade Nova, no centro do Rio, em frente ao Batalhão de Choque da PM. Segundo uma testemunha, a suspeita teria locado a loja sob o pretexto de abrir um depósito de gelo e instalado câmeras no local.

Em entrevista à Record TV Rio, o delegado Hilton Alonso disse que as mulheres já prestaram depoimentos e que apresentaram contradições em suas falas. Uma das mulheres disse não ter conhecimento das mensagens enviadas, enquanto a outra alegou ter visto a comparsa informando um terceiro enquanto dirigia o veículo.

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Durante coletiva realizada nesta quarta (22), o comandante do Bope, Uirá Ferreira, destacou que as ações de monitoramento por parte de criminosos prejudicam as operações. Segundo ele, a corporação já precisou cancelar ações que vazaram para preservar a segurança dos agentes.

Já o porta-voz da PM, Ivan Blaz, afirmou que a vigilância de atividades da polícia é mais uma modalidade dos criminosos na área da comunicação. De acordo com ele, o tráfico mobiliza pessoas através das redes sociais e promove a divulgação de notícias falsas para atrapalhar as operações.

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"Quando eles gostariam de interromper uma determinada operação, dizem que já há uma, duas, três crianças baleadas no terreno, informações que acabam por não se concretizar", disse Blaz.

A Polícia Civil informou que segue apurando o caso para aprofundar as investigações.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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