Em meio a investigações, Witzel diz que cada um responde pelo que faz
Com suspeitas de fraudes na Saúde, governador apresentou novo secretário; Fernando Ferry tem proposta de inovar atendimento em casos da covid-19
Rio de Janeiro|Do R7
Em meio às denúncias de corrupção em recursos da covid-19 na Secretaria Estadual de Saúde, o governador Wilson Witzel declarou "que cada um deve responder pelos seus atos" durante a coletiva para apresentar o novo chefe da pasta, Fernando Ferry, nesta terça-feira (19).
Ao ser questionado pela imprensa sobre que tipo de contato teve com o empresário Mário Peixoto, preso na Operação Favorito, Witzel afirmou que manteve uma "relação institucional", assim como com todos os empresários que vão ao gabinete dele. No entanto, ao comentar o caso de Peixoto, ele disse que "nenhuma prisão deve ser comemorada".
Sobre o suposto encontro do empresário com o filho de um dos secretários do governo durante a quarentena, Witzel disse não ter controle sobre a vida pessoal dos envolvidos.
O governador também afirmou que não foi responsável pela nomeação do ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves, preso na Operação Mercadores do Caos.
Segundo ele, a escolha foi do ex-secretário Edmar Santos, exonerado por "falhas na gestão", mas que continua no governo com status de secretário, coordenando um grupo que planeja a retomada da economia, prevista para agosto.
"A Secretaria de Saúde ficou maior do que um único secretário. O doutor Edmar vai fazer a integração. Como ele estava fazendo duas coisas ao mesmo tempo e, por boa vontade dele, acaba que uma das coisas a pessoa não consegue fazer direito. Na gestão, precisamos de sangue novo. Estamos numa guerra. Então, trocar pessoas até faz parte de uma técnica num momento de muita tensão."
Novo secretário
Ao apresentar o secretário Estadual de Saúde, Fernando Ferry, Wilson Witzel destacou a proposta de inovação para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Segundo o governador, o protocolo de atendimento, fruto de pesquisa na UniRio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), pretende medicar precocemente os pacientes, reduzindo a necessidade de internação em UTIs (Unidades de Pronto Atendimento).
Ferry explicou que a ideia é reduzir custos, tempo de internação e evitar, ao máximo, que as pessoas evoluam para um caso grave da doença, com necessidade de intubação.