O empresário Jacob Barata Filho foi preso neste domingo (02) no aeroporto internacional Tom Jobim, zona norte do Rio, quando tentava embarcar para Portugal. Além de Barata Filho, outros sete empresários têm pedido de prisão preventiva nesta nova fase da Operação Lava-Jato. Os executivos são suspeitos de fazer parte de um esquema de corrupção no setor de transporte público do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, foram rastreados R$ 200 milhões em propina pagos pelos investigados a políticos do estado em troca de vantagens e fiscalização menos rígida.
Rogério Onofre, que foi presidente do Detro (Departamento De Transportes Rodoviários Do Rio) durante a gestão de Sergio Cabral, também foi preso em Florianópolis, ele teria recebido R$ 40 milhões em propina. Além de Barata Filho e Rogério Onofre, está na mira dos agentes da PF Lelis Teixeira, ligado à Federação dos Transportes do Rio. O empresário Marcelo Traça Gonçalves também foi preso nesta manhã na garagem da Viação Rio Ita.
Os mandados de prisão preventiva foram determinados a partir de delações premiadas do doleiro Álvaro Novis e do ex-presidente do Tribunal de Contas do Rio Jonas Lopes. Agentes da Polícia Federal atuam nesta manhã de segunda-feira (03) em endereços na Barra, Avenida Brasil, São Gonçalo e Paraíba do Sul.
A assessoria de Jacob Barata Filho informou que o empresário estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais. Ainda de acordo com a assessoria, o executivo estaria com passagem de volta marcada para o dia 12 de julho. A defesa do empresário só irá se pronunciar quando tiver acesso aos autos do processo.