Escolas de samba do Rio terão que escoltar carros alegóricos
Decisão ocorre após acidente com menina de 11 anos, que teve uma das pernas amputadas após acidente com veículo
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio
As escolas de samba do Rio vão ter que escoltar os carros alegóricos para evitar acidentes como o que aconteceu com a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, nesta quinta-feira (21). Ela precisou amputar uma das pernas e segue internada em estado grave no CTI pediátrico do Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, depois de ficar prensada entre um poste e um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora.
De acordo com a ordem, todas as escolas de samba do Grupo de Acesso, Especial e Mirins terão que fazer a escolta de seus carros alegóricos até os seus barracões, para evitar o acesso de crianças e adolescentes aos veículos. A decisão foi do juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio, que acolheu o pedido do Ministério Público na noite dessa quinta.
O juiz determinou ainda que a Polícia Militar coloque viaturas nas ruas Frei Caneca com Senhor do Matosinhos, Aníbal Benévolo, Laura de Araújo, Visconde de Pirassununga e Correia Vasques. Além disso, a Guarda Municipal do Rio terá que disponibilizar ao menos dois guardas para circulação a pé, em cada um dos setores indicados.
Ainda segundo a decisão, o Conselho Tutelar do Centro e os agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social de plantão no Carnaval (técnicos, educadores e orientadores) deverão abordar os familiares das crianças e adolescentes que se encontrem no entorno do Sambódromo. Os agentes estão também autorizados a aplicar a medida de proteção devida aos jovens menores de 18 anos que estejam no local sem um responsável legal.
Como foi o acidente
O que se sabe até o momento é que o acidente que deixou Raquel gravemente ferida aconteceu depois que a menina subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, enquanto a mãe observava o desfile de outra agremiação de Carnaval na avenida. Nesse instante, o veículo passou em um trecho estreito, e as pernas da menina foram prensadas contra um poste. A menina não corre risco de perder a outra perna, segundo Rosana Silva, tia da menina.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento. Foi realizada a perícia e as imagens de câmeras de segurança do local já estão sendo analisadas.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Fabíola Glenia