Após acidente com menina, Rio determina que escolas escoltem carros alegóricos
Reprodução/ Fabio Motta - Riotur - 20/04/2022As escolas de samba do Rio vão ter que escoltar os carros alegóricos para evitar acidentes como o que aconteceu com a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, nesta quinta-feira (21). Ela precisou amputar uma das pernas e segue internada em estado grave no CTI pediátrico do Hospital Souza Aguiar, no centro da cidade, depois de ficar prensada entre um poste e um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora.
De acordo com a ordem, todas as escolas de samba do Grupo de Acesso, Especial e Mirins terão que fazer a escolta de seus carros alegóricos até os seus barracões, para evitar o acesso de crianças e adolescentes aos veículos. A decisão foi do juiz Sandro Pitthan Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio, que acolheu o pedido do Ministério Público na noite dessa quinta.
O juiz determinou ainda que a Polícia Militar coloque viaturas nas ruas Frei Caneca com Senhor do Matosinhos, Aníbal Benévolo, Laura de Araújo, Visconde de Pirassununga e Correia Vasques. Além disso, a Guarda Municipal do Rio terá que disponibilizar ao menos dois guardas para circulação a pé, em cada um dos setores indicados.
Ainda segundo a decisão, o Conselho Tutelar do Centro e os agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social de plantão no Carnaval (técnicos, educadores e orientadores) deverão abordar os familiares das crianças e adolescentes que se encontrem no entorno do Sambódromo. Os agentes estão também autorizados a aplicar a medida de proteção devida aos jovens menores de 18 anos que estejam no local sem um responsável legal.
O que se sabe até o momento é que o acidente que deixou Raquel gravemente ferida aconteceu depois que a menina subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, enquanto a mãe observava o desfile de outra agremiação de Carnaval na avenida. Nesse instante, o veículo passou em um trecho estreito, e as pernas da menina foram prensadas contra um poste. A menina não corre risco de perder a outra perna, segundo Rosana Silva, tia da menina.
A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento. Foi realizada a perícia e as imagens de câmeras de segurança do local já estão sendo analisadas.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Fabíola Glenia