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'Estou sendo linchado sem ter o direito de me defender', diz Witzel

Governador afastado relembrou trajetória na magistratura e disse que os deputados têm usado o processo como “palanque eleitoral”

Rio de Janeiro|Do R7

"Meus pais choram pelo que está acontecendo comigo"
"Meus pais choram pelo que está acontecendo comigo"

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta quarta-feira (23), que não teve seu direito de defesa garantido na ação de impeachment que corre contra ele na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

"Até agora o que tem acontecido é algo absolutamente injusto. Não tive o direito de falar nem na assembleia, nem nos tribunais. Estou sendo linchado moralmente. Linchado politicamente, sem direito de defesa", afirmou ele, que está afastado por 180 dias por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Ele avalia que seu afastamento sem o direito de defesa tem silenciado a população do Rio de Janeiro. "Eu fui afastado sem direito de falar, sem que a minha defesa pudesse se pronunciar".

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Para o governador afastado, muitos deputados têm usado o processo com interesses eleitorais. "Muitos já anteciparam seus votos porque fizeram desse plenário não uma tribuna de julgamento, mas um palanque eleitoral", esbravejou.

"Minha mãe e meu pai choram pelo que está acontecendo comigo", disse ao pedir que os parlamentares olhem para seu histórico de juiz "sem casos de corrupção'. “Aceitei ser governador do Rio de Janeiro para mudar a política, não para que a política me mudasse”, declarou.


Na avaliação Witzel, ele já foi condenado antes mesmo de sua fala por uma única operação de busca e apreensão. “Essa casa tomou essa investigação como um processo de denúncia. Guardo essa mágoa. Se prevalecer esse entendimento, não teremos outros políticos terminando seus mandatos em todo o Brasil”, destacou ele, que completou: "Eu sou a primeira vítima."

“Foram duas buscar e apreensões midiáticas e políticas nas quais absolutamente nada foi encontrado. E não vão encontrar. Eu não tenho milhões. Minha casa no Grajaú é meu único patrimônio", afirmou.

Witzel concluiu sua defesa com o pedido para que os deputados tenham consciência na hora de votar o processo de impeachment. “Me deem a oportunidade de governar o Estado e os senhores façam o seu trabalho. Eu nunca deixei de abrir as portas. Abram CPI. Agora, todos nós precisamos pagar os preços pela nossa omissão e corrigir os erros. Eu não vim aqui para roubar. Vim aqui para mudar a história”, finalizou. 

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