Ex-candidato à Prefeitura de Seropédica (RJ) é executado
"Miguelzinho de Seropédica" foi assassinado com tiros de fuzil enquanto tomava café em padaria. Outros três políticos foram mortos desde 2015
Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*
Candidato à Prefeitura de Seropédica na eleição de 2016, Miguel Angelo Steffan de Souza, conhecido como “Miguelzinho Seropédica”, de 51 anos, foi morto a tiros, na manhã deste domingo (11), em uma padaria no bairro Boa Esperança, no município da Baixada Fluminense.
O corpo do político será sepultado às 13h30 desta segunda-feira (12) no cemitério Santa Sofia.
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A vítima tomava café quando foi atingida por tiros de fuzil disparados por um homem mascarado. O assassino desceu do banco do carona de um carro, vestindo casaco preto e máscara de carnaval, e efetuou os disparos. Em seguida, fugiu no veículo.
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O caso está investigado pela DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense).
Denúncias na internet
Ativo nas redes sociais, Miguel usava suas contas para denunciar irregularidades e promessas não cumpridas pela prefeitura da cidade.
Em entrevista ao jornal O Globo, em 2016, o então candidato revelou que teve a casa invadida e foi ameaçado de morte pelo segurança de um político depois de denunciar irregularidades na gestão do município. Miguel também contou que só andava de carro blindado.
Outras execuções de políticos
No último dia 25 de outubro, um empresário e candidato a vereador de Seropédica em 2016, foi assassinado a tiros no bairro Campo Lindo. Rafael de Siqueira Cardoso, de 37 anos, não se elegeu, mas ficou como primeiro suplente em sua coligação.
De acordo com a Polícia Militar, depois de terem acesso ao depoimento de testemunhas e imagens de câmeras de segurança, os agentes receberam a informação de que dois suspeitos em um táxi chegaram atirando na padaria onde Cardoso estava.
Em 2015, a vítima foi o vereador Luciano Batista, o "Luciano DJ". Em agosto do ano seguinte, Júlio César Reis, aliado político de Miguelzinho, também foi morto. Os dois eram do PCdoB.
Os crimes também ficaram a cargo da DHBF. Procurada pelo R7, a Polícia Civil ainda não informou o andamento das investigações.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya