Ex-deputado Domingos Brazão depõe sobre caso Marielle
Polícia quer descobrir relação entre Brazão e uma testemunha que apontou vereador Marcello Siciliano como mandante de assassinato
Rio de Janeiro|Do R7
Ex-deputado estadual pelo MDB e conselheiro afastado do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado) após denúncia de corrupção, Domingos Brazão presta depoimento na DH (Delegacia de Homicídios da Capital) desde as 11h desta segunda-feira (18), como parte da investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. A investigação tenta relacionar Brazão e uma testemunha-chave do caso que apontou como mandante do crime o vereador Marcelo Siciliano (PHS).
Domingos é irmão do vereador Chiquinho Brazão (Avante) e seria desafeto político de Siciliano porque disputariam votos na zona oeste do Rio. Os dois negam as acusações.
Na semana passada, Brazão havia sido convocado para depor, mas pediu o adiamento do depoimento, que foi remarcado para hoje.
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A polícia investiga se Marielle foi morta para incriminar alguém em particular ou se alguém se aproveitou do crime para incriminar desafetos. A vereadora e seu motorista foram mortos no dia 14 de março e ninguém ainda foi apontado como responsável pelo crime.
Suplente de Siciliano depõe
Na quinta-feira (14), o suplente de Siciliano, Marcelo Piuí, prestou depoimento na DH. Ao chegar à delegacia, ele afirmou que nunca tinha ouvido falar em Marielle até o crime e não saber por qual razão foi convocado para depor nesse caso.
Piuí afirmou também que mantém relação "cordial" com Siciliano e que conhece Brazão, mas mantém apenas "relação política" com ele. “Todos os políticos se conhecem, quem não conhece ele (Brazão) em Jacarepaguá (bairro da zona oeste do Rio)? Só tenho relação política com ele, apenas isso”, afirmou.