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Família acusa PMs por morte de jovens na Baixada Fluminense

Adolescentes de 17 e 18 anos foram mortos em perseguição policial após não obedecerem à ordem de parada em São João de Meriti

Rio de Janeiro|Juliana Valente, do R7*, com Record TV Rio

Testemunhas gravaram a saída dos PMs do local
Testemunhas gravaram a saída dos PMs do local

Dois adolescentes foram mortos na noite do último domingo (17) no bairro Jardim Santa Rosa, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, segundo familiares dos jovens, após uma perseguição policial.

De acordo com a Polícia Militar, policiais do 21º BPM (São João de Meriti) foram acionados para ocorrência em que um PM estaria sendo ameaçado na rua Coronel Raimundo Sampaio. No local, os agentes se depararam com dois homens em uma motocicleta que teriam desobedecido à ordem de parada.

Ainda segundo a corporação, “a equipe fez um cerco e, ao abordarem os jovens, houve disparo”. A dupla foi encaminhada para um posto médico de São João de Meriti, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em entrevista à Record TV Rio, o comandante do 21º BPM, coronel Marcos Aurélio Contreiras, informou que, quando os agentes conseguiram parar a motocicleta, o jovem da garupa levou as mãos à cintura e, nesse momento, houve um disparo. Ele disse ainda que o tiro disparado por um policial teria atravessado o primeiro adolescente e atingido o segundo.


Em contrapartida, testemunhas afirmam que os policiais se aproximaram dos jovens já feridos e atiraram novamente contra os adolescentes. A Corregedoria da Polícia Militar está analisando o fato.

Os agentes envolvidos na morte dos jovens já foram identificados e prestaram depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. Eles afirmaram que agiram em legítima defesa, pois pensaram que um aparelho de celular seria uma pistola. As armas dos policiais foram recolhidas para perícia.


No entanto, parentes contestam a versão da polícia e acreditam que a dupla fugiu por não ter habilitação para dirigir moto.

Segundo a mãe da vítima de 17 anos, o adolescente vendia tapetes em feiras de Madureira, Pavuna e na Ilha do Governador para ajudar a família em casa. Já o outro jovem, de 18, trabalhava como barbeiro e também lavava carros com o pai.

* Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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