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Família é investigada por esquema para explorar cantinas de presídios

Organização criminosa é investigada por irregularidades em licitações; Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em oito endereços no RJ

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*, com RecordTV

Dinheiro e outros bens foram apreendidos na ação
Dinheiro e outros bens foram apreendidos na ação

Cinco pessoas da mesma família são suspeitas de montar um esquema de fraudes para a exploração de cantinas em presídios do Rio de Janeiro. Os crimes foram descobertos na Operação Primogênita, deflagrada nesta quinta-feira (27).

Segundo investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), uma mulher é suspeita de atuar como “laranja” de seus dois filhos, um policial militar e um inspetor penitenciário, na gerência das cantinas do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, e do Instituto Penal Francisco Spargoli Rocha, no cento de Niterói.

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De acordo com o inquérito, os irmãos eram os verdadeiros administradores dos estabelecimentos. Os dois teriam usado a mãe para burlar uma regra que proíbe a participação de agentes públicos em licitações de instituições também públicas. O terceiro filho e a nora da mulher também estariam envolvidos na quadrilha.


Outras irregularidades foram apontadas pelo MP fluminense, como sonegação fiscal. Além disso, o grupo é suspeito de superfaturar os produtos comercializados. O teto dos preços é estabelecido pela Seap.

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Os agentes investigam ainda a hipótese do envolvimento da família em um terceiro crime: lavagem de dinheiro. Informações preliminares apontam a possibilidade dos valores movimentados nas cantinas ultrapassarem o total legal calculado a partir do gasto máximo permitido aos detentos. Cada presidiário pode usar até R$ 100 por semana em compras na cantina. 

Em um dos oito endereços visitados pelos policiais nesta quinta, um desmanche de veículos foi encontrado. Os investigadores apuram se as cantinas eram usadas para camuflar a atividade ilegal. De acordo com a promotora Gabriela Aguilar, as suspeitas ainda não foram confirmadas, porque o grupo não tinha registros de contabilidade, o que dificulta o trabalho dos agentes.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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