Dircelene Botelho foi morta asfixiada dentro de casa
Reprodução/RecordTV RioA filha de Dircelene Botelho Garcia, de 51 anos, é suspeita de matar a mãe com a ajuda do namorado de 26 anos em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Segundo o delegado André Prates, da 105ª DP (Petropólis), o Pâmela Botelho, de 21 anos, confessou o crime e já foi encaminhada para o sistema prisional do Rio de Janeiro. De acordo com a advogada da família, o crime teria sido motivado pela herança da vítima.
Segundo o investigador, Pâmela e o namorado forjaram a cena do crime para parecer que Dirce havia morrido de causas naturais. Entretanto, após o sepultamento da vítima, o padrasto da jovem descobriu, pelas imagens das câmeras de segurança do quarto da mulher, que ela tinha provocado a morte com o namorado.
Vivian de Andrade, advogada da família, disse que a câmera foi instalada no quarto porque a Dirce e o marido deram falta de dinheiro e peças que estavam sumindo. Nas imagens, a advogada diz que é possível ver toda a movimentação dos suspeitos, que dura cerca de cinquenta minutos.
Em entrevista à RecordTV Rio, Prates disse que o casal usou formol para deixar a vítima desacordada. Em seguida, eles tentaram aplicar injeções de ar para que ela morresse, mas as aplicações não fizeram efeito. Os suspeitos então colocaram a vítima dentro de um saco plástico fechado com fita adesiva e Dirce morreu sufocada.
O delegado disse ainda que, em depoimento, a filha da vítima disse ter tirado a ideia da injeção de ar de uma novela. Após confirmarem a morte com a um estetoscópio, o casal de suspeitos alterou a cena do crime para parecer que a Dirce morreu de causas naturais. O corpo foi encontrado pelo padrasto da jovem.
Carlos Ramos, advogado de Pâmela Botelho, disse ao R7 que a defesa só vai se manifestar nos autos do processo.
Depressão e maus tratos
Segundo um jornal da região, a jovem disse à polícia que Dirce não era uma boa mãe, que era agredida e sofria maus tratos na infância. Já a advogada da família, nega a versão, e diz que as duas tinham uma boa relação.
— A menina tem uma saúde perfeita, bem alimentada. Nas redes sociais vocês podem ver várias viagens internacionais dela com a mãe. Tinham brigas normais, porque ela não estudava, nem trabalhava. Nada que fugisse da normalidade, da educação de uma mãe.
A jovem também afirmou à polícia que começou um tratamento contra a depressão há oito meses e tomava remédio controlado.
Ela havia conhecido o namorado havia dois anos, em um site de relacionamentos. Segundo a jovem, a mãe não aprovava a relação deles. Ela atribuiu ao namorado a ideia de matar Dirce.
Recentemente a vítima vendeu uma funerária e mantinha uma floricultura. A comerciante gostava de fazer viagens internacionais, como afirmou a advogada.
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