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Filho de diarista morta no Flamengo acha que crime foi premeditado

Diogo Fernandes acredita que a mãe morreu defendendo a patroa, para quem trabalhava havia 20 anos e de quem gostava muito

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Felipe Batista, da Record TV Rio

Filho da diarista Alice Fernandes acredita que a mãe morreu defendendo a patroa
Filho da diarista Alice Fernandes acredita que a mãe morreu defendendo a patroa Filho da diarista Alice Fernandes acredita que a mãe morreu defendendo a patroa

"Minha mãe provavelmente viu eles [suspeitos] agredindo ela [dona Martha] e foi para cima para defender...", disse o filho de Alice Fernandes da Silva, Diogo Fernandes. A diarista morreu carbonizada junto da patroa, Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, na tarde desta quinta-feira (9), em um apartamento de luxo no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.

Há suspeitas de que dois homens que haviam prestado serviços de pintura para Martha cerca de três semanas atrás teriam sido responsáveis pelas mortes. A dupla realiza um trabalho em outro apartamento três andares acima, cuja dona mora fora do Brasil. 

"Eu acho que eles premeditaram", afirmou.

Em entrevista à Record TV Rio, Diogo contou que levava e buscava a mãe no trabalho, dois dias por semana. Por volta das 15h30, ele costumava ligar para Alice, de 51 anos, para ir buscá-la, mas ontem não conseguiu contato.

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Ontem, o Corpo de Bombeiros foi acionado para uma ocorrência de incêndio no local e encontrou as vítimas no imóvel de dona Martha por volta das 16h50. 

Às 16h30, Diogo realizava um serviço em Botafogo, bairro vizinho ao Flamengo. Ao terminá-lo, ele resolveu passar no endereço de trabalho da mãe para verificar se estava tudo bem, já que a última visualização no aplicativo de mensagens tinha sido às 17h10. Ao chegar lá, recebeu a notícia da morte da diarista e da idosa. 

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Martha Maria e Alice morreram carbonizadas em apartamento no Aterro do Flamengo
Martha Maria e Alice morreram carbonizadas em apartamento no Aterro do Flamengo Martha Maria e Alice morreram carbonizadas em apartamento no Aterro do Flamengo

Diogo disse que Alice trabalhava para dona Martha havia 20 anos e que as duas mantinham uma relação de carinho. A diarista recebia pagamentos em cheque, tendo em vista que a patroa não tinha afinidade com aplicativos de banco. Para ele, os pintores não ficaram satisfeitos com a quantia recebida pelo serviço e já ameaçavam a senhora. 

No local, uma secretária de outro prédio próximo ao edifício de dona Martha conversou com Diogo e disse ter ouvido gritos de socorro. Nesta tarde (10), a polícia faz uma segunda perícia no apartamento onde as vítimas foram encontradas carbonizadas e com cortes no pescoço. 

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Os celulares de Alice e Martha Maria não foram encontrados pelos agentes, mas eles conseguiram recuperar as imagens de câmeras de segurança do prédio, que serão analisadas.

Segundo informações, os vídeos mostram dois homens saindo do edifício no momento do incêndio. Agora, a polícia tentará identificá-los para também confirmar ou negar as suspeitas contra os pintores.

Diogo relatou que as imagens mostram os dois chegando com máscara de proteção facial e boné, como se quisessem esconder o rosto. 

Além das testemunhas, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital ouviram os filhos de Alice e de Martha Maria. Os corpos seguem no Instituto Médico-Legal para exame de necropsia nesta sexta-feira. 

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Martha Maria deixou duas filhas e três netas. Já Alice deixou o marido, três filhos e seis netos. 

Ao falar sobre a personalidade da mãe, Diogo Fernandes relatou que Alice era uma mulher bondosa, corajosa e guerreira. Ela veio do estado da Paraíba em busca de melhores oportunidades. A família morava em Nova Iguaçu, mas conseguiu se mudar para São Cristóvão, na zona norte da cidade. 

"Há um ano, perdi meu pai assassinado. Meu irmão morreu afogado e, agora, minha mãe é assassinada de forma cruel", lamentou Diogo Fernandes. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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