Flordelis se apresentará no Rio para colocar tornozeleira
A deputada está em Brasília, mas vai ao Rio de Janeiro na próxima quinta-feira e se apresenta para colocar a tornozeleira no dia seguinte
Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*
Após a Justiça do Rio determinar um prazo de 24h para que localizarem a deputada federal Flordelis, a defesa da parlamentar informou que protocolou nesta sexta-feira (2) uma petição com a localização da mesma.
De acordo com a defesa de Flordelis, a acusada está em Brasília, mas vai ao Rio de Janeiro na próxima quarta-feira (7) e se apresentará para colocar a tornozeleira no dia seguinte.
A defesa acrescentou que forneceu dois telefones de contato da parlamentar conforme determinação da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niteroi.
A deputada é acusada de ter participado da morte de seu marido, pastor Anderson do Carmo, com a colaboração de outros filhos. O crime aconteceu quando ela e Anderson recém haviam chegado em casa, em Niterói, Região Metropolitana do RJ.
Novos investigados
Ainda hoje, a Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) abriram um novo inquérito sobre a morte de Anderson do Carmo onde Gerson, que é filho, e Lorraine, neta de Flordelis são investigados, além da cozinheira da casa Gilcineia Teixeira e Marcio Buba, motorista da parlamentar.
O advogado, assistente de acusação, Angelo Máximo, entrou com uma petição na Justiça para comunicar que uma funcionária de Flordelis conseguiu fazer a carteirinha para visitação dos filhos da deputada na prisão.
Em nota, a defesa de Flordelis disse que "desconhece estas ilações levantadas pelo assistente de acusação, baseados no ouvir dizer. Tal atitude causa tumulto processual" e acrescentou que eles esperam que "o juízo defira este pedido para ficar comprovado que tais afirmações são mentirosas e somente tem finalidade de tumultuar e causar sensacionalismo desnecessário” finalizou.
Por sua vez, Máximo repudiou a nota da defesa da parlamentar e afirmou que os advogados de Flordelis "vem extrapolando o exercício da advocacia ética, praticando atos que, de tão graves, mereceram a instauração de inquérito policial para apurá-los" (confira abiaxo a nota na íntegra).
"O assistente acusação exerce a advocacia com ética e dignidade, há mais de quinze anos, respeitando o que preceituam o Estatuto da OAB e o Código de Ética. Desde seu ingresso nos autos, este subscritor vem atuando de forma transparente, não obstante o denodo e a dedicação que o caso exige, jamais praticando quaisquer atos que pudessem subverter a verdade dos fatos.
A defesa, ao contrário, vem extrapolando o exercício da advocacia ética, praticando atos que, de tão graves, mereceram a instauração de inquérito policial para apurá-los.
Salta aos olhos deste advogado que, mesmo após serem noticiados fatos que mostram terem ingressado nas dependências da unidade prisisional onde se encontrava acautelado o corréu Lucas, com o provável objetivo de demovê-lo da idéia de participar da reprodução simulada dos fatos, como conseguiram, os advogados de defesa tentam macular o nome deste subscritor.
Por fim, não podemos olvidar que o sagrado direito de defesa deve ser exercido com absoluta amplitude, contudo, de forma equilibrada e responsável, sem subterfúgios que possam denegrir a advocacia."
*Sob supervisão de PH Rosa