Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Força-tarefa da Polícia Civil apura atos violentos de torcidas no Rio de Janeiro 

Mais de cem pessoas foram identificadas e intimadas. Apuração está sendo feita pelas equipes da DRCI

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Ação investiga atos de vandalismo praticados por torcidas organizadas do futebol
Ação investiga atos de vandalismo praticados por torcidas organizadas do futebol

A Sepol (Secretaria de Estado de Polícia Civil) do Rio de Janeiro montou uma força-tarefa para investigar atos de vandalismo e violência praticados por torcidas organizadas do futebol do estado e por seus integrantes.

A intenção é evitar as ações criminosas de grupos, com investigação e atividades de inteligência, e antecipar possíveis atos violentos das torcidas, como os que ocorreram no dia 5 de março ao redor do Maracanã, zona norte, antes do início do jogo entre Flamengo e Vasco pelo Campeonato Carioca.

A apuração está sendo feita pelas equipes da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática). Já foram instaurados inquéritos para apurar a prática de organização criminosa, lesão corporal, dano ao patrimônio público e privado e demais crimes do Estatuto do Torcedor.

“A força-tarefa conta com a participação da SSPIO (Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional), da Ssinte (Subsecretaria de Inteligência) e dos DGPEs (Departamentos Gerais de Polícia Especializada) e da DGPC (Capital)”, informou a Sepol em nota.


Segundo a delegacia, foram identificadas e intimadas mais de cem pessoas com algum envolvimento nos fatos. 

Prisão

Depois de uma representação da DRCI feita no sábado (11), a Justiça do Rio atendeu ao pedido da especializada e deferiu nesta segunda-feira (13) a prisão temporária, por 30 dias, de quatro líderes das torcidas Young Flu, Força Jovem Vasco, Torcida Jovem do Flamengo e Raça Rubro-Negra. Segundo o TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.


Na decisão, a juíza Ana Beatriz Estrella, em Plantão Judiciário, na segunda (13), considerou que os requisitos necessários para embasar a custódia cautelar dos indiciados estão presentes, conforme o que já foi apurado.

“A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas”, apontou na decisão, que foi transcrita pelo TJRJ em nota.


Afastamento

Em outra decisão, o juiz Bruno Vaccari Manfrenatti, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, determinou o afastamento de eventos esportivos, por cinco anos, das torcidas Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem do Vasco e Young Flu. A medida também decorre do inquérito aberto pela Polícia Civil para apurar os atos criminosos do dia 5 de março.

Além disso, o juiz autorizou ações de busca e apreensão e a indisponibilidade de bens das torcidas. No entendimento do magistrado, as diligências são necessárias para a continuação das investigações dos crimes cometidos por integrantes de torcidas organizadas.

“Os atos de violência noticiados, mormente os do dia 5 de março de 2023, trazem os dados que revelam a prática dos crimes investigados, bem como o envolvimento das torcidas organizadas. E, nesse ponto, reside o elemento concreto que fundamenta o cabimento da medida de busca e apreensão. Ressaltem-se os vídeos de barbárie e violência desenfreada, autenticadas pela PM como ações de torcidas organizadas, que foram veiculados em redes sociais e na mídia”, afirmou o juiz, na decisão divulgada pelo TJRJ.

Com a decisão, 16 integrantes de torcidas organizadas terão que se manter afastados de estádios em dias de jogo, pelo período de seis meses, e serão monitorados eletronicamente com tornozeleiras. Esses integrantes das organizadas também estão impedidos de deixar o estado do Rio sem autorização judicial e precisarão comparecer ao Juízo bimestralmente.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.