Fracassa golpe para mudar Lei Orgânica do Rio e atingir Crivella
Na última hora, vereadores colocaram em votação emenda que tentava alterar regras de eleição para prefeito, caso ocorresse um impeachment
Rio de Janeiro|Do R7
Fracassou a tentativa da Câmara dos Vereadores do Rio de alterar a Lei Orgânica do Município. Na última hora, nesta terça-feira (26), parlamentares colocaram em votação uma emenda que, na prática, permitiria alterar as regras de eleição para prefeito, caso ocorresse um impeachment nos dois últimos anos de mandato. Com 33 votos a favor, 15 contra e uma abstenção, a proposta, no entanto, não alcançou o número necessário de votos - 34 - para ser aprovada e foi arquivada.
Atualmente, a Lei Orgânica prevê eleição direta - ou seja, voto popular - para prefeito até o terceiro ano do mandato em situações de impedimento. Pela regra em vigor, uma eleição indireta, na qual a escolha é feita pela Câmara, ocorre apenas em caso de impeachment no último ano de gestão.
O Pelom (Projeto de Emenda à Lei Orgânica), rejeitado hoje, já tinha sido votado uma vez. Porém, a emenda, que tentava antecipar as eleições indiretas, foi incluída somente na segunda votação.
No cenário atual, o Rio de Janeiro não tem vice-prefeito, já que Fernando Mac Dowell morreu em 2018. Caso a proposta tivesse passado na Câmara e houvesse um suposto afastamento do prefeito Marcelo Crivella (PRB), quem assumiria temporariamente a gestão, até as eleições indiretas, seria o presidente da Casa, Jorge Felippe (MDB).
Felippe é um dos vereadores que apoiaram a proposta. Além dele, Rosa Fernandes (MDB), Átila Nunes (MDB), Willian Coelho (MDB), Zico (PTB), Rocal (PTB), Marcello Siciliano (PHS), Zico Bacana (PHS), Carlo Caiado (DEM), Alexandre Isquierdo (DEM), Jimmy Pereira (PRTB), Professor Adalmir (PSDB) e Marcelino d'Almeida assinaram a emenda.