A onda de frio que fez o Rio de Janeiro bater recordes de baixas temperaturas está com os dias contados. O serviço de meteorologia prevê madrugada gelada e ressaca no mar — ondas de até 4 metros — nesta quarta-feira (14), mas a expectativa é que as temperaturas voltem a subir gradativamente durante o dia e ao longo da semana.Segundo o Sistema Alerta Rio, a previsão para hoje é de céu parcialmente nublado, sem chuva. Os termômetros devem ficar entre 8 °C e 26 °C. No entanto, o clima deve continuar a esquentar, a partir de quinta-feira (15), com temperatura máxima prevista de 30 °C.Ontem, o Rio registrou a temperatura mais baixa dos últimos oito anos, de acordo com o serviço municipal de meteorologia. O termômetro marcou 9,1 °C no Alto da Boa Vista, na zona norte. Inclusive, o frio incomum gerou uma série de brincadeiras na internet, e a expressão “frio de janeiro” ganhou destaque nas redes sociais.De acordo com a meteorologista Mayara Vilella, do Sistema Alerta Rio, foi a atuação de uma massa de ar polar que influenciou o tempo na cidade nos últimos dias.8,6 °C – 13/06/20169,1 °C – 13/08/20249,3 °C – 21/07/20219,6 °C – 19/07/2016 e 31/07/20219,8 °C – 20/07/2021Com as mudanças bruscas de temperatura, a população deve ficar atenta aos cuidados com a saúde, já que o corpo precisa se adaptar às variações do clima. O médico Guilherme Seith orienta a população a se manter hidratada e com roupas adequadas tanto para temperaturas mais amenas quanto para ondas de calor.Ele explica que idosos em idade avançada e pessoas em situação de vulnerabilidade estão expostas a mais riscos.Segundo Seith, a exposição a temperaturas instáveis pode afetar batimentos cardíacos, pressão arterial, níveis de colesterol no sangue, além de impactar o sistema imunológico ao combater a invasão de agentes infecciosos, desencadeando principalmente eventos cardiovasculares e respiratórios.Para pacientes com quadros de doenças respiratórias, o médico recomenda cuidados especiais. “Quanto à doença respiratória, manter ambientes bem arejados, realizar lavagem nasal e agasalhar-se adequadamente”, disse o clínico geral da rede Hospital Casa.*Sob supervisão de Bruna Oliveira