Garotinho anuncia greve de fome por suposta perseguição
Preso em Bangu 8, ex-governador já havia adotado a prática 11 anos atrás
Rio de Janeiro|Thaís Silveira, do R7*
Preso desde novembro deste ano em Bangu 8, o ex-governador Anthony Garotinho comunicou à direção do presídio, por meio de uma carta, que estará em greve de fome a partir da meia-noite deste sábado (16).
Garotinho afirma que "a atitude é um grito de desespero pela injustiça que vem sofrendo". O ex-governador disse, ainda, que a prisão dele é uma perseguição e que não cometeu crimes.
"Tenho sido covardemente perseguido por juízes e promotores da cidade de Campos, que agem para proteger um desembargador que denunciei junto à quadrilha do ex-governador Sérgio Cabral. Em um ano, fui preso três vezes pela Justiça Eleitoral de Campos por crimes que não cometi."
Na carta, Garotinho afirma que vai manter o jejum até alguma autoridade do Conselho Nacional de Justiça escutá-lo. Além disso, o ex-governador preferiu não receber mais advogados, visitas e nem banhos de sol.
Esta não é a primeira vez que ele entra em greve de fome. Em 2006, ex-governador tomou a atitude ao ser denunciado por corrupção, o que impediu a tentativa dele de concorrer à presidência. Garotinho exigiu que as eleições fossem monitoradas por organizações internacionais. Na época, surgiram suspeitas de que empresas contratadas sem licitação pelo governo da mulher dele, Rosinha Matheus, teriam doado R$ 450 mil à campanha do ex-governador.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira