Governo do RJ cobrava "caixinha de propina" para repassar verbas
Em esquema revelado pelo empresário Edson Torres, foram feitos desvios financeiros do Fundo Estadual de Saúde a sete municípios
Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*
A investigação contra o governador afastado Wilson Witzel (PSC) apontou mais um suposto esquema de desvio na área da Saúde do RJ, uma cobrança de de 10% para repasse de verbas.
De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), durante a gestão de Witzel e do ex-secretário Edmar Santos, foram feitos desvios financeiros do Fundo Estadual de Saúde a sete municípios: Petrópolis, São João de Meriti, Paracambi, Itaboraí, Magé, Saquarema e São Gonçalo.
Em depoimento ao MPF, o empresário Edson Torres confirmou a participação na negociação dos repasses e detalhou o funcionamento do esquema liderado pelo governador afastado, segundo a denúncia.
Sobre a investigação, Witzel Witzel afirmou por meio das redes sociais que se sente "vítima de feroz perseguição política" e que tomou "a decisão de repassar o limite constitucional de 12% para a Saúde e para os municípios".
Além disso disse que se "não fosse essa ação, a pandemia teria sido muito pior no RJ!".
*Sob supervisão de PH Rosa