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'Herói', diz esposa de fisiculturista que morreu em incêndio após salvar a família

A filha do casal, de 6 anos, está internada no Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, em estado grave

Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio

Hugo Sérgio de Andrade morreu em incêndio
Hugo Sérgio de Andrade morreu em incêndio

A esposa do fisiculturista Hugo Sérgio de Andrade, de 30 anos, que morreu em um incêndio após salvar a família, na zona oeste do Rio de Janeiro, disse que o marido é um herói. O corpo da vítima foi enterrado no Cemitério de Inhaúma, na zona norte, no domingo (30).

"O Hugo era maravilhoso. A gente estava junto há dez anos. Tudo o que a gente construiu foi junto. A gente era um menino e uma menina. Eu vi meu marido crescer, evoluir, se transformar. Como pai, ele era presente. Meu marido era um herói mesmo. A profissão dele já diz tudo. Ele gostava de ajudar as pessoas. O que está me confortando nesse momento é que a maior prova de amor ele me deu, que foi salvar a minha filha", disse Larissa Mello.

A mãe e a criança foram levadas ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na mesma região. A mulher recusou atendimento, enquanto a menina precisou ser transferida para o Souza Aguiar, no centro. O estado de saúde dela é considerado grave.

Aos jornalistas, Larissa contou ter acordado, na madrugada de sábado (29), com um barulho que acreditava ser de chuva, quando percebeu que as chamas estavam dentro do apartamento onde mora, no último andar do condomínio.


"Eu abri a porta da minha casa. Vi que não tinha nada no corredor. Foi quando [percebi] 'é na minha casa'. Quando virei para trás, vi fogo no meu sofá. Eu vi o meu marido vindo atrás de mim, eu vi ele vindo. Então, comecei a pedir ajuda, gritar, bater nas portas e ver o fogo. Comecei a gritar: 'Hugo! Maya!'. E eles não respondiam mais."

Larissa relembrou ter descido para gritar pela família pela varanda e pela janela. "O que me contam é que um morador tirou minha filha dos braços do meu marido e alguém deve ter tentado ajudar, mas não deve ter conseguido mais. Segundo as pessoas que estavam lá, a porta emperrou. Ele não conseguiu sair."


Segundo Larissa, houve demora na chegada do Corpo de Bombeiros, apesar de ter sido informada de que o tempo para a chegada do socorro foi de sete minutos. 

Outro problema identificado por ela foi que os extintores do condomínio estavam trancados e, por isso, houve a necessidade de buscar as chaves na portaria.


A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o caso. A 32ª DP (Taquara) informou que as investigações estão em andamento.

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