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Homem é preso suspeito de matar mulher e dois enteados no RJ

Após seis meses de investigação, Marlon Cristian foi preso por envolvimento nas mortes. Ele chegou a dizer que a família havia abandonado o lar

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV Rio

Polícia procura corpos de mãe e filhos
Polícia procura corpos de mãe e filhos

A investigação sobre o desaparecimento de Fabiane Azevedo Lima, de 36 anos, e dos filhos dela, de sete e 12 anos, sofreu uma reviravolta. Após seis meses de investigação, a Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (14), o marido por envolvimento nas mortes das vítimas. Os corpos ainda não foram localizados.

Marlon Cristian Leite Dias está preso por determinação da Justiça. Segundo o delegado Moysés Santana, da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), o homem é investigado por feminicídio e duplo homicídio.

“[Mães e filhos] Foram vítimas de uma covardia sem tamanho. Um crime muito bárbaro contra duas crianças que não tinham chance de defesa.”

O caso aconteceu em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em outubro de 2018. Na época, o suspeito apresentou a versão de que a mulher teria abandonado o lar.


Segundo ele, um vizinho teria testemunhado um caminhão de mudança parar na porta da residência e a família deixar o local em furgão branco.

No dia 8 de abril, os agentes localizaram e prenderam o vizinho, que é conhecido com Erê. À polícia, ele contou outra história. O homem disse que o marido da vítima fez uma proposta para ele matar a mulher e as crianças. Apesar de ter se recusado, ele indicou outro matador.


De acordo com os investigadores, Erê é guardador de armas do tráfico na comunidade do Engenho, também em Itaguaí.

Segundo o delegado, Erê contou no depoimento que os homens que obrigaram a mulher e as crianças a entrarem no caminhão também roubaram eletrodomésticos e a gravação das câmeras de segurança da casa.


Os agentes não acreditaram na versão apresentada pelo suspeito. A polícia confirmou que a geladeira da família foi achada na residência de Erê, o que aumentou as suspeitas contra ele.

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Outro indício de participação de Erê no crime, segundo o delegado, é uma análise dos sinais telefônicos registrados por antenas de celular. Santana explicou que o celular usado pelo suspeito estava no mesmo local que o aparelho da vítima a uma distância de 20 km da residência da família.

"Após análise de antenas e das linhas telefônica, verificamos que os telefones do Erê e da Fabiane estavam batendo no mesmo local da última localização que temos dela ainda viva”.

O pai da menina de sete anos disse não acreditar que as vítimas estejam vivas, mas espera poder fazer um enterro digno para a família.

“Se eles tivessem vivos, alguém teria ligado. Até mesmo ela, que é muito esperta”, disse Thiago às lágrimas.

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