Rio de Janeiro Homem que foi morto ao tentar defender a esposa em assalto queria se mudar por causa da violência

Homem que foi morto ao tentar defender a esposa em assalto queria se mudar por causa da violência

Bruno Valetim foi descrito como uma pessoa trabalhadora e um pai amoroso. Ele deixou duas filhas, de 2 e 7 anos

Bruno deixa esposa e duas filhas

Bruno deixa esposa e duas filhas

Reprodução/Redes Sociais

Descrito como um homem trabalhador e um pai amoroso, Bruno Valentim, que morreu baleado ao tentar defender a esposa em um assalto, foi enterrado no Cemitério do Caju, região central do Rio, na tarde desta sexta-feira (21).

Sob forte comoção, amigos e parentes lamentaram a tragédia e lembraram que a vítima tinha o desejo de se mudar do bairro de Colégio, na zona norte, por causa da violência.

A sogra de Bruno contou que, recentemente, a vítima havia recebido uma promoção no trabalho e já falava dos planos de ter uma nova casa para morar com a família.

"Ele pensava, realmente, em sair dali. Mas, infelizmente, não deu tempo."

A esposa de Bruno, Amanda Costa, disse que tinha o hábito de levar o marido ao metrô e buscá-lo, por conta da insegurança na região em que moravam. Na última quinta (20), ela foi abordada por um assaltante enquanto o esperava na saída da estação. A vítima chegou no momento em que a mulher entregava o carro e o celular.

"Ele [assaltante] deixou o telefone cair no chão. Quando ele se abaixou para pegar o aparelho, eu me abaixei para fugir. E o Bruno estava vindo e falava: 'Covarde, deixa ela'. Quando escapei, vi que o Bruno jogou a mochila nele para me defender. Acredito que, como os dois se abaixaram ao mesmo tempo, que ele tenha feito para me defender. Falei: 'Vem, Bruno, corre'. Saí correndo e ouvi o tiro, que acertou o peito do meu marido. Mais uma vida que se perde, mais uma família destruída pela violência. E eu, infelizmente, não vou ser a última, porque as autoridades não tomam providências que sejam efetivas, já que as denúncias no local são feitas", lamentou. 

Segundo a família, as duas filhas do casal ainda não sabem da morte do pai.

"Sempre amoroso com as filhas, sempre presente, exercia o papel de pai. Ele tinha um coração muito bom, querendo o melhor para as filhas. Ele deixa uma criancinha de 2 anos e outra de 7 anos. E que ele tanto amava e fazia de tudo por elas. Isso é o mais revoltante", disse o cunhado.

A Divisão de Homicídios investiga o caso. O suspeito do crime ainda não foi preso nem identificado. 

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