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Hortas comunitárias ganham espaço em praças públicas de Maricá, região metropolitana do Rio

Iniciativa busca oferecer alimentos e ensinar a população a plantar em casa; projeto será apresentado na COP27, no Egito

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7


Horta comunitária divide espaço com área de convivência na praça agroecológica de Araçatiba
Horta comunitária divide espaço com área de convivência na praça agroecológica de Araçatiba

Hortas comunitárias ganham cada vez mais espaço em praças públicas de Maricá, na região metropolitana do Rio. O projeto começou a ser implementado em 2020 e, hoje, já conta com quatro praças agroecológicas. A iniciativa não só oferece alimentos de forma gratuita como também incentiva a população a cultivar em casa. 

Em entrevista ao R7, o coordenador técnico da horta pioneira na região de Araçatiba, Agnaldo Marinho Fabrício, mais conhecido como Agnaldo Terra, contou que toda a produção é orgânica, livre de materiais tóxicos.

Segundo Agnaldo Terra, são usados 34 canteiros - com área entre 10 m² e 20 m² - para plantar uma variedade de alimentos, entre eles manjericão, alecrim, rúcula, alface crespa, quiabo, repolho, banana, canela, feijão borboleta e até a exótica pimenta da jamaica.

O projeto inclui, ainda, a distribuição de mudas e sementes e busca ensinar o plantio por meio de palestras e atividades programadas.

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"Nossa equipe não se limita ao repasse de verduras, legumes, frutas, ervas medicinais. A gente sempre tem o objetivo de passar algo a mais, o conhecimento, instruções técnicas, mesmo que sejam básicas, para que a população possa desenvolver sua horta caseira da melhor forma possível", explicou.

Yula em visita ao Parque Nanci
Yula em visita ao Parque Nanci

Moradora de Maricá, Yula Barbosa frequenta o espaço no Parque Nanci e afirmou que o projeto foi muito bem recebido pela vizinhança. Ela disse ser informada sobre os produtos prontos para a colheita por meio de um grupo de troca de mensagens e também pelo site da secretaria.

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Yula adora cozinhar e publicar vídeos de receitas nas redes sociais, inclusive já mostrou aos seguidores pratos preparados com alimentos da horta comunitária, como folha de mostarda refogada e macarronada de berinjela.

"Como não são todos os lugares que têm [hortas comunitárias], quanto mais tiver visibilidade, mais vai ajudar a população, porque as pessoas vão usar como exemplo essa movimentação. Se tivesse uma horta comunitária em cada bairro, a quantidade de benefício para a população seria incrível", afirmou. 

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A ideia de criar uma horta em meio ao espaço de convivência surgiu em 2018. O secretário Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julio Carolino, disse que tudo começou quando ele viu que um aeroporto desativado na Alemanha havia se tornado um local de plantio. 

Vista aérea da horta no Parque Nanci
Vista aérea da horta no Parque Nanci

Para implementar o projeto das praças agroecológicas, o secretário contou ter visitado hortas pelo país. Hoje, ele recebe representantes de outros municípios interessados em conhecer a ideia e disse que houve um convite para apresentá-la na COP27 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), no Egito, em novembro.

Segundo Julio Carolino, as praças agroecológicas têm em torno de 40 produtos, e a principal delas, em Araçatiba, entregou cerca de 10 toneladas de alimentos no ano passado. No entanto, o secretário reforçou que a proposta do projeto é mais do que a produção, é que as pessoas levem o cultivo para suas casas.

"A ideia é que a gente mostre para as pessoas que, ao invés de fazer um jardim de grama, porque a gente não faz um de hortelã, que dá um charme? A ideia não é somente plantar nas praças, mas que as pessoas olhem como é bonito e comecem a plantar nas suas casas, que os jardins de Maricá se tornem todos comestíveis".

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