A defesa do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel entrou com um recurso ao Tribunal Especial Misto contra a decisão de suspender a contagem do prazo para a conclusão do processo. De acordo com a defesa, "o recurso não é so para a contagem de prazo para conclusão do processo. O governador também questiona a suspensão. Ele entende que os atos podem ser praticados, as testemunhas serem ouvidas e que o processo não precisa ficar parado até poder haver o depoimento do delator. Então, o governador quer que o processo continue a andar". A decisão foi tomada no dia 28 de dezembro, com base numa liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) que cancelou o depoimento de Witzel até que a delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos se torne pública. Witzel está afastado do cargo desde agosto de 2019, por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele é acusado por supostas irregularidades em contratos públicos na área da Saúde do Estado. O afastamento das funções foi confirmado pelo Tribunal Especial Misto, que é composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais.. Desde o início das investigações, Witzel nega o envolvimento nos atos de corrupção e sustenta que seu afastamento não se justifica.Suspensão O presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Cláudio de Mello Tavares, decidiu nesta segunda-feira (28) pela suspensão do processo de impeachment contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. O prazo para a conclusão do processo era de 180 dias. A decisão surge após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspender o depoimento de Witzel no processo. O depoimento estava previsto para 28 de dezembro e foi suspenso a pedido dos advogados do governador afastado.*Sob supervisão de PH Rosa