O interrogatório de Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, começou com duas horas de atraso na manhã desta segunda-feira (13), após confusão entre a juíza Elizabeth Machado Louro e os advogados de defesa do ex-vereador.
A magistrada pediu aos integrantes da defesa que ficassem sentados, mas eles teriam se recusado, e teve início a discussão.
Eles concordaram em ficar mais distantes, mas insistiram em ficar em pé, no que a juíza disse que a atitude deles era uma “afronta” e que ela se sentia insegura com o que chamou de “exército” na frente dela.
A confusão seguiu com os advogados ressaltando que a lei permite que eles fiquem em pé em qualquer área do plenário, e Louro respondeu que eles poderiam ficar sentados em qualquer lugar, até no colo de Jairinho, e afirmou que ela é quem manda na sessão e que não começaria enquanto eles não se sentassem.
Às vésperas do interrogatório, Jairo destituiu seis de seus advogados no fim de semana. Segundo documento enviado à juíza Elizabeth Machado Louro, foram dispensados: Eric de Sá Trotte, Bruno Mattos Albernaz Medeiros, Telmo Bernardo Batista, Luiz Felipe Alves da Silva, Natalia Gomes da Silva e Karina Oliveira Marinho.
Por meio de nota, o advogado Cláudio Dalledone disse que Jairinho optou por “uma defesa tecnicamente voltada às acusações de crimes contra a vida” e que a troca “não altera a estratégia da defesa”.
O ex-vereador esteve presente na audiência de 9 de fevereiro, mas não prestou depoimento. Após falar por cerca de 10 minutos, ele citou a necessidade de confronto pericial no caso. Logo depois, um dos advogados do ex-vereador, Cláudio Dalledone, afirmou que o depoimento dos peritos iria "colocar por terra muitas certezas da acusação”.