Intoxicação por metanol: sem casos, RJ liga alerta e ajuda a identificar bebidas falsificadas
Uma cartilha lançada nesta sexta (3) oferece informações importantes para o consumidor não ser enganado. Veja as dicas
Rio de Janeiro|Do R7
A preocupação com casos de intoxicação por metanol pelo país levou o Procon-RJ, em parceria com a Abrabe (Associação Brasileira de Bebidas), a lançar, nesta sexta-feira (3), uma cartilha para ajudar a população a identificar bebidas falsificadas.
Com diversas orientações para os consumidores, o material será distribuído aos Procons municipais e estará disponível em locais de grande circulação, como barcas e terminais rodoviários.
A cartilha também poderá ser consultada no site da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor e da Abrabe. Veja algumas dicas:
- Desconfiar de preços muito baixos;
- Atenção aos rótulos: devem apresentar identidade própria, impressão nítida e sem erros de grafia;
- Já os contrarrótulos precisam estar em português e conter o número de registro no Ministério da Agricultura;
- As tampas devem ter logomarcas e acabamento perfeito, sem espaços ou falhas;
- No caso dos lacres, imperfeições, borrões ou vazamento indicam falsificação.
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Até o momento, nenhum caso de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas adulteradas foi registrado no Rio de Janeiro, de acordo com autoridades municipais e estaduais.
Em alerta, a Secretaria Estadual de Saúde enviou orientações para os 92 municípios do Rio sobre como profissionais de saúde devem agir diante de casos suspeitos. As autoridades ressaltam que a intoxicação por metanol pode causar cegueira irreversível e óbito.
O Ministério da Saúde contabiliza mais de 50 notificações relacionadas à suspeita de intoxicação por metanol — há registros em São Paulo, Pernambuco e Brasília. A Polícia Federal apura o suposto envolvimento de organização criminosa na adulteração de bebidas.
Bebidas falsificadas
Além do lançamento da cartilha, o Rio de Janeiro vai assinar um protocolo de intenções para cooperação técnica com a Abrabe contra a pirataria de bebidas no estado.
Somente no ano passado, mais de 300 litros de bebidas com indícios de falsificação foram apreendidos em operações realizadas pela Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor e pelo Procon-RJ em áreas como Rio das Ostras, na região dos lagos, Niterói, região metropolitana, e na zona sul da capital.
Os órgãos estaduais ressaltam que produtos adulterados, como whisky e cachaça, representam riscos graves à saúde da população.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também determinou rigor na fiscalização de estabelecimentos produtores de bebidas na capital fluminense.
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