Prédio de Ipanema, onde ocorreu o crime, na zona sul do Rio de Janeiro
ReproduçãoA Justiça negou um pedido de habeas corpus feito pela defesa do diplomata alemão Uwe Herbert Hahn. Ele foi preso em flagrante, na noite de sábado (6), acusado de matar o marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos. Segundo a defesa do diplomata, a prisão teria sido ilegal porque não houve flagrante e teria havido desrespeito à imunidade diplomática.
A polícia entende que ocorreu flagrante, já que ele foi preso menos de 24 horas depois da morte, e que não houve desrespeito à imunidade diplomática, porque ele não é cônsul-geral no país nem embaixador. Além disso, o crime ocorreu em Ipanema, não em território considerado alemão, e sem relação com as atividades diplomáticas.
A juíza Maria Izabel Pena Pieranti entendeu que não caberia ao plantão judicial decidir sobre a soltura do investigado e que isso deveria ser feito em audiência de custódia. Depois de passar a noite na 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon, Hahn foi transferido na manhã deste domingo para o presídio de Benfica. A audiência de custódia está prevista para acontecer na tarde de hoje.
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Walter Henri Maximilien Biot foi encontrado morto no apartamento em que o casal morava em Ipanema, na zona sul do Rio. Inicialmente, Hahn alegou que o companheiro tinha passado mal e desmaiado. Segundo indica o exame de necropsia, o corpo da vítima apresentava mais de 30 lesões não compatíveis com uma queda. E a causa da morte foi apontada como traumatismo craniano provocado por ação contundente. A perícia policial no apartamento também indicou sinais de luta corporal.
"A versão dele [Uwe Hahn] é muito frágil diante das evidências arrecadadas, das provas e da perícia técnico-científica", disse no sábado ao Estadão a delegada Camila Lourenço, da 14ª DP. Neste domingo, ela esteve novamente no apartamento em Ipanema e recolheu garrafas de suco.