A falta de policiamento e iluminação precária tornam as estações de trem do Rio perigosas para os usuários. Passageiros passam com receio em algumas delas por medo de assaltos. A terceira reportagem da série Linha do Medo, exibida no Balanço Geral RJ, mostrou o drama de vítimas de violência nas estações ferroviárias.
Suedi Guedes Dias morreu após uma abordagem de assaltantes na estação de trem da Pavuna, zona norte do Rio. Ela estava acompanhada da mãe, Maria Guedes Dias, quando um homem armado se aproximou. Com medo de que o bandido fizesse algo com sua mãe, Suedi passou mal e morreu na estação. Para a mãe da vítima, o grande problema da estação é a falta de policiamento.
— Poderia ser evitado se a Supervia colocasse pessoas para tomar conta da estação.
Mesmo com a divulgação das fotos da jovem morta na plataforma, a Supervia não reforçou a segurança do ramal de Belford Roxo. Neste mesmo ramal, a equipe de reportagem do Balanço Geral RJ flagrou ao menos seis pontos de venda de drogas nos trilhos.
Em 2012, a estudante Ana Carolina Feirreira Marinho, de 25 anos, sofreu um grave acidente após um assalto na estação de Benjamim do Monte, na Baixada Fluminense. Ana Carolina voltava da faculdade por volta das 22h, quando a composição parou na plataforma e um homem do lado de fora puxou o vídeo game da jovem.
Com a força, Ana Carolina caiu nos trilhos. A estudante teve uma perna e parte do pé amputados, além de sofrer afundamento de crânio. Atualmente, Ana Carolina se recupera do acidente e faz fisioterapia para se adaptar à prótese.
Na estação de Costa Barros, na zona norte do Rio, carros roubados são queimados e as peças revendidas. Já no bairro de Cavalcanti, também na zona norte, a passarela que passa por cima da linha do trem fica entre duas comunidades controladas por traficantes. Segundo moradores, assaltos são frequentes no local.
Veja a reportagem: