Mãe de Henry Borel apresenta atestado e pede afastamento da Secretaria de Educação do Rio
Monique Medeiros aguarda o julgamento da morte do filho em liberdade e havia retornado ao trabalho em função administrativa
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Luiz Chiapetta, da Record TV Rio
Acusada da morte do filho Henry Borel, Monique Medeiros apresentou um atestado médico, nesta segunda-feira (23), e pediu afastamento de 60 dias da Secretaria Municipal de Educação do Rio.
Apesar de ser professora, Monique, que aguarda o julgamento em liberdade, havia sido realocada em uma função administrativa e chegou a receber um salário de R$ 3.100.
No entanto, o secretário Renan Ferreirinha confirmou que a mãe de Henry entregou o documento, com pedido de afastamento, pouco menos de 24 horas após a informação sobre o retorno ao trabalho ter vindo à tona.
"A equipe da secretaria suspeita da procedência desse laudo. Por isso, todas as medidas administrativas cabíveis estão sendo tomadas para apurar essa situação, por exemplo, uma perícia oficial por parte da prefeitura", disse.
Sobre a apuração do município, o secretário acrescentou ainda:
"Além de todo o absurdo desse caso envolvendo a morte do menino Henry, temos que garantir que os cofres públicos não sejam lesados, até porque a população paga o salário dessa servidora. A população está indignada com essa situação, e essa indignação também é minha. Precisamos cobrar a celeridade da conclusão do julgamento do caso."
A defesa de Monique Medeiros ainda não se manifestou sobre o pedido de afastamento do cargo.
Mais cedo, a secretaria Municipal de Educação havia informado que a servidora concursada voltou ao trabalho, por orientação jurídica, já que ela foi solta pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e não poderia ser afastada e ter a remuneração suspensa, em razão de não ter recebido uma condenação.
Nas redes sociais, o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, chegou a dizer que, se dependesse dele, Monique já teria sido demitida e informou que um processo administrativo já foi aberto desde o ocorrido.
O menino Henry Borel morreu em março de 2021. A mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho, que continua preso, foram acusados pela morte da criança. Os dois já foram ouvidos pela Justiça e negaram o crime. A Justiça decidiu que o casal vai ser levado a júri popular, ainda sem data marcada.