Mãe diz que menino morto foi baleado e algemado por policiais
"Falaram que a polícia atirou já com ele caído. Em seguida, algemaram e colocaram ele no camburão", disse Luciana Pimenta; PM deu outra versão
Rio de Janeiro|Karolaine Silva, do R7*
A mãe do adolescente Kauan Noslinde Pimenta Peixoto, de 12 anos, morto no último sábado (16), após ser baleado na comunidade da Chatuba, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, cobrou respostas das autoridades sobre o ocorrido com o filho.
Segundo Luciana Pimenta, baseada nas balas extraídas do pescoço, abdômen e perna do jovem, a versão dos policiais não bate. Ela também disse que testemunhas no local viram quando os agentes chegaram.
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“As pessoas ainda falaram que a polícia chegou, deu um tiro na barriga dele e já caído, deu outro. Em seguida, algemou e colocou no camburão.”
Já o porta-voz da Polícia Militar, Coronel Mauro Fliess, afirmou que houve confronto com bandidos no local, e durante o tiroteio, Kauan Peixoto foi atingido por tiros. Fliess disse que o adolescente estava atrás dos policiais, o que seria um indício de que o tiro que o atingiu teria sido disparado pelos suspeitos.
O tiroteio ocorreu por volta das 22h30 e de acordo com familiares, a criança passava o fim de semana com o pai e saiu de casa para comprar um lanche com o irmão de dez anos.
“Eu quero resposta. Meu filho tinha 12 anos, ia para casa do pai de 15 em 15 dias e só passava um dia e meio. Então, nada mais justo do que eu ter resposta das autoridades. Eu quero saber o que aconteceu com o Kauan.”
O caso é investigado pela DH (Divisão de Homicídios) da Baixada Fluminense e o laudo da perícia que informa quantos tiros o menino Kauan tomou sai em 14 dias.
Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa