Máquina para utilização do carvão ativado começa a chegar no Guandu
Primeira carreta que trouxe parte do equipamento saiu de São Paulo na noite de quinta (16). Outros dois caminhões são aguardados neste fim de semana
Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*, com Agência Brasil
A primeira parte do sistema de preparação e aplicação de carvão ativado chegou na manhã desta sexta-feira (17) na ETA (Estação de Tratamento de Água) Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O equipamento foi trazido em uma carreta de São Paulo.
De acordo com a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), outras duas partes do sistema estão sendo transportadas para Nova Iguaçu e devem chegar à ETA Guandu neste fim de semana.
Leia também
O equipamento conta com um silo, dois tanques de preparo da suspensão do carvão ativado, caixa dosadora e a bomba peristáltica, que permite aplicar o carvão na caixa de chegada.
A companhia também informou que o carvão ativado sai do Paraná na tarde desta sexta e tem previsão de chegada ao Guandu no sábado (18). A expectativa da Cedae é conseguir recuperar a qualidade da água da estação de tratamento que abastece a capital do Rio de Janeiro e parte da região metropolitana.
Representantes da Cedae, durante entrevista coletiva na última quarta-feira (15), declararam que a água deve sair da ETA Guandu insípida (sem gosto), incolor e inodora já na próxima semana.
Entretanto, os clientes da companhia podem demorar um tempo maior para sentir os efeitos do carvão ativado, uma vez que os reservatórios das casas ainda possuem a água com presença de geosmina.
Geosmina
A geosmina é uma substância orgânica produzida por algas e que, segundo a Cedae, não representa risco à saúde dos consumidores. De acordo com a companhia, “a substância não oferece riscos à saúde, mas altera o gosto e o cheiro da água. O fenômeno natural e raro de aumento de algas em mananciais, em função de variações de temperatura, luminosidade e índice pluviométrico, causa o aumento da presença deste composto orgânico, levando a água a apresentar gosto e cheiro de terra”.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa