Marielle: Instituto sou da Paz pede apuração rigorosa de assassinato
Instituição diz que vereadora era símbolo das conquistas das mulheres negras e da periferia
Rio de Janeiro|Celso Fonseca, do R7
Criado em 1997, durante o lançamento de uma campanha pelo desarmamento, o Instituto Sou da Paz, se tornou nestes mais de vinte anos uma das instituições mais ativas e presentes no combate a violência do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira 15, divulgou uma nota batizada de Marielle Presente: Luto pela Democracia, em que não só lamenta da morte da vereadora assassinada na quarta-feira (14) como pede uma apuração rigorosa do crime, lembrando a trajetória de Marielle como símbolo da conquista das mulheres negras da periferia. Abaixo segue a nota:
"O Instituto Sou da Paz sente profundamente a morte da vereadora da cidade do Rio de Janeiro Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes, brutalmente executados ontem na região central da cidade.
É imprescindível que as forças de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, bem como do Governo Federal, tomem todas as providências necessárias para garantir apuração rigorosa, isenta, eficiente e transparente neste caso simbólico do flagelo da violência no Rio de Janeiro e em tantas outras cidades brasileiras.
Para muito além de mais um homicídio com arma de fogo - como os mais de 44 mil que ocorrem todo ano em nosso país - Marielle era vereadora, uma servidora pública representante de parcela historicamente excluída das esferas de poder em nosso contexto político-social. Era símbolo, uma das poucas mulheres negras da periferia que conseguiram vencer a barreira eleitoral e conquistar uma posição no legislativo. Nesse sentido, a morte de Marielle é um atentado à democracia brasileira.
O Instituto Sou da Paz roga que a resposta do Estado Brasileiro"