Milicianos pretendiam matar deputado Freixo no próximo sábado
Informação enviada ao Disque Denúncia do RJ aponta que três milicianos, sendo um PM, mataria o deputado em bairro onde participaria de evento
Rio de Janeiro|Kaique Dalapola, do R7
O Disque Denúncia do Rio de Janeiro recebeu informações de um plano para matar o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (Psol), no próximo sábado (15), no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio.
De acordo com um documento, que foi encaminhado para o deputado, milicianos conhecidos como Moisés da Maquininha, Wagninho e um policial militar identificado como Amaro de Guaratiba pretendiam assassinar o deputado federal eleito.
A assessoria do deputado disse que ele iria participar de uma atividade com membros do partido e professores na manhã do próximo sábado no bairro. Os criminosos, então, pretendiam fazer um atentado parecido com o que aconteceu com a vereadora Marielle Franco.
As ameças acontecem no mês que a CPI das Milícias, na qual Freixo foi presidente, completa 10 anos. Na época, o parlamentar recebeu diversas ameaças que o fizeram ter um esquema de segurança especial.
Como presidente da CPI das Milícias, Freixo contou com a assistência, na época, de Marielle Franco, então funcionária de seu gabinete. Ela foi assassinada a tiros em março deste ano, juntamente com o motorista Anderson Gomes, logo depois de ter participado de uma atividade política com membros do partido e militantes.
“Sou deputado federal eleito e estou sendo ameaçado mais uma vez. Não é uma ameaça ao Freixo, mas à democracia. Não é uma questão pessoal, é muito mais que isso. A zona oeste está hoje sendo governada pelo crime”, escreveu Freixo em sua conta no Twitter.
Ainda no Twitter, o deputado disse que desde 2008, quando presidiu a CPI, conta com proteção policial por ter recebido “inúmeras ameaças concretas de morte”. Ele afirma que apresentou medidas para enfrentar os milicianos, mas, no entanto, nada foi feito.
Nas eleições deste ano, Freixo foi eleito deputado federal com 342.491 votos. Segundo a assessoria do deputado, ele está em Brasília e ficou muito preocupado quando recebeu a notícia.
O R7 questionou a Secretaria de Estado de Segurança sobre a ameaça ao deputado. No entanto, até a publicação desta reportagem, não houve resposta.
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