Em visita de inspeção nesta terça-feira (25) ao Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que o governo federal vem dedicando tempo, atenção e investimento para garantir a segurança do complexo arquitetônico do órgão.
O Arquivo Nacional abriga o maior acervo documental do país, estimado em mais de 55 km de documentos textuais, cartográficos, iconográficos, sonoros e de imagens em movimento, incluindo itens únicos como a primeira Constituição do país, datada de 1824, e a Lei Áurea, que declarou extinta a escravidão no Brasil.
Torquato Jardim afirmou que o orçamento deste ano do Arquivo Nacional foi 33% maior do que o do ano passado, o que possibilita a realização das obras de prevenção e adequação das instalações do órgão às exigências do laudo emitido em 2016 pelo Corpo de Bombeiros para a garantia e segurança do complexo contra a ocorrência de sinistros.
“O ambiente é seguro e não há perigo algum de incêndio ou de sinistro de larga escala. O que temos por recomendação do Corpo de Bombeiros é uma série de critérios a serem adotados visando a manutenção e recuperação do Bloco F, o mais moderno [e onde estão concentrados a esmagadora maioria do acervo documental do órgão]”, informou.
Funcionamento
O ministro da Justiça disse que o funcionamento do arquivo é normal, vem sendo expandido e que não há problemas de falta de verba, ressaltando que está em vigor um contrato de manutenção predial de R$ 1,2 milhão por mês.
“De dezembro do ano passado até agora já foram realizados 7,4 milhões de acessos ao banco de dados do Arquivo pela internet, que resultou no atendimento a 56 mil usuários pessoalmente ou a distância”, afirmou.
Torquato Jardim, que estava acompanhado do secretário de Estado de Defesa Civil e comandante geral do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Roberto Robadey, ressaltou que o laudo emitido pelos bombeiros para aumentar a segurança do órgão está sendo atendido passo a passo e que o prazo de conclusão das diligências será atendido.
Além disso, o coronel Robaney confirmou o bom andamento do atendimento às exigências contidas no laudo da corporação.
“São exigências de difícil execução, tendo em vista que é uma edificação centenária, mas que vem sendo feita adequadamente apesar de se tratar de um prédio tombado. Mas elas vêm sendo cumpridas e corrigidas e a gente vê a preocupação de se evitar gambiaras e instalações inadequadas na execução das obras. É um prédio que está muito bem conservados e que não nos traz preocupações”, afirmou.
O laudo
O laudo dos bombeiros foi emitido em 2016 e faz uma série de exigências referentes ao complexo arquitetônico do Arquivo Nacional. As situações nele descritas apontam a necessidade de ajustar o conjunto de edificações às exigências contidas em normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e do próprio Corpo de Bombeiros.
O documento estabeleceu um prazo de execução da obra de 3 anos, com término previsto para março de 2019. Segundo a assessoria de imprensa do Arquivo Nacional, alguns destes itens já foram cumpridos, como, por exemplo, a contratação dos brigadistas e a recarga de extintores de incêndio e de mangueiras, com validade até junho de 2019.