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Ministro do STF suspende prisão de Rogério Andrade no Rio

Com prisão decretada em março, documento apontou "ausência de justa causa para prosseguimento da ação penal'

Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques suspendeu nesta sexta-feira (17), a prisão preventiva do contraventor Rogério de Andrade, suspeito de ser mandante do assassinato de Fernando Iggnácio.

De acordo com as investigações, eles disputavam pontos de jogo do bicho no Rio de Janeiro. Ainda foragido, a prisão de Andrade foi decretada em março de 2021 pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio).

A suspensão vai valer até que o mérito do habeas corpus apresentado à Corte pelos advogados do contraventor, que pedem o encerramento da ação penal seja analisado.

Em agosto, a defesa de Rogério de Andrade apresentou uma ação ao STF em que alegou irregularidades no indiciamento e pediu a suspensão da prisão. Outro ponto destacado pela defesa foi que considerou a denúncia do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que pedia a prisão do contraventor sem justa causa.

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“Não se indica um fato concreto que autorizasse concluir, mesmo em sede de cognição sumária, pelo envolvimento do paciente no crime que lhe é imputado", argumentou a defesa.

Caso

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Fernando Iggnácio foi morto a tiros no dia 10 de novembro de 2020. Ele era genro de Castor de Andrade e já havia sido alvo de investigações relacionadas a homicídios e contra a máfia dos caça-níqueis.

Segundo as investigações, Rogério e Fernando disputavam o espólio de Castor de Andrade, o que poderia ser a motivação do crime. O PM já foi transferido para o BEP (Batalhão Especial Prisional), em Niterói, na região metropolitana do Rio.

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As informações iniciais apontaram que os criminosos estavam escondidos no matagal e pularam o muro do heliporto para fazer o disparo. A vítima foi atingida na cabeça e morreu no local.

Disputa em família

Após a morte de Castor, a família Andrade entrou em disputa pelos pontos do jogo do bicho.

Em 1998, Paulo Roberto Andrade, o Paulinho, que havia declarado guerra ao primo Rogério de Andrade, foi assassinado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A polícia identificou e prendeu como autor dos crimes o ex-PM Jadir Simeone Duarte, que acusou Rogério de ser o mandante.

O lugar de Paulinho na batalha foi assumido pelo cunhado Fernando Iggnácio, que, segundo a polícia, controlava uma empresa exploradora de caça-níqueis na zona oeste.

Rogério e Fernando começaram a bater de frente em 2001, mesmo ano em que a polícia passou a apreender aparelhos de caça-níqueis e videopôquer no Estado do Rio. Os conflitos se iniciaram com ataques às máquinas de um grupo por integrantes do outro, mas logo evoluíram para tiroteios que deixaram mais de 50 mortos.

Rogério escapou de uma tentativa de assassinato em 2001. Nove anos depois, em abril de 2010, um de seus filhos, de 17 anos, morreu num atentado a bomba.

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