Moradores fazem protesto após morte na Cidade de Deus
Manifestação também repercutiu nas redes sociais. Filha escreveu que Marcelo Guimarães foi morto a caminho do trabalho
Rio de Janeiro|Ana Beatriz Araújo, do R7*, com Record TV Rio
Um protesto contra a morte de Marcelo Guimarães, de 38 anos, durante um tiroteio na Cidade de Deus, interditou parte da linha Amarela, sentido Fundão, na zona norte do Rio, por 20 minutos no início da tarde desta segunda-feira (4).
A manifestação também repercutiu nas redes sociais. A #JustiçaporMarcelo ficou entre os assuntos mais comentados.
Em uma publicação, a filha escreveu que o pai era um homem trabalhador e foi morto quando estava a caminho do serviço.
"Tão novo, 38 anos, cheio de vida, coração bom!!! Minha mãe, meu irmão (que tem apenas 5 anos), família, amigos e eu não estamos aguentando com tanta dor", escreveu.
Os parentes contaram que Marcelo trabalhava em uma marmoraria na região. Após sair de casa, ele retornou porque havia esquecido o celular. A vítima foi atingida por um tiro, por volta de 8h30, em um suposto confronto.
Segundo a Polícia Militar, a troca de tiros teve início depois que policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) foram atacados durante um patrulhamento na avenida Edgard Werneck. No entanto, testemunhas afirmam que o tiro partiu da polícia.
A Delegacia de Homicídios investiga as circunstâncias do crime. A PM abriu um procedimento interno para apurar paralelamente o caso.
Protesto
O helicóptero da Record TV Rio flagrou o momento em que os manifestantes usaram madeiras e até móveis como barricadas para bloquear a linha Amarela.
Um blindado da Polícia Militar foi até o local para dispersar o protestos e retirar os bloqueios. Os agentes afirmaram que o policiamento foi reforçado na região.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa