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Motoristas por aplicativo do Rio pedem reajustes nas plataformas

Categoria organiza paralisação nacional no dia 29 de março. No Rio, concentração será no centro da cidade

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*

Em paralisação nacional, motoristas e entregadores de app pedirão reajustes no Rio
Em paralisação nacional, motoristas e entregadores de app pedirão reajustes no Rio

Os motoristas e entregadores de aplicativos do Rio de Janeiro organizam uma manifestação no próximo dia 29 de março, no centro da cidade. Como parte de uma paralisação nacional, a categoria pede melhores condições de trabalho e mudanças no pagamento feito pelas plataformas, principalmente depois de mais um aumento no preço dos combustíveis

Segundo o presidente do SindMobi (Sindicato dos Prestadores de Serviços por Aplicativos), Luiz Corrêa, houve conversa com representantes das plataformas, mas a Uber e a 99 foram mais resistentes às reivindicações. "Por conta da precarização do trabalho, viramos um escravo moderno", comenta. 

"Essa é a realidade do motorista de aplicativo, entregadores e motoboys. [...] Estamos sendo sufocados, se continuar nesse caminho o serviço vai entrar em colapso", completou Corrêa.

Veja algumas das reivindicações:


- Fixar a porcentagem do que as plataformas recebem por corrida/entrega - para a Uber, em 20%;

- Corrida mínima no valor de R$10,00;


- Pagamento por tempo de corrida de R$0,20 por minuto; 

- Pagamento do deslocamento até o passageiro, no caso dos motoristas de aplicativo;


- Instalação de câmeras em todos os carros que sejam dirigidos por mulheres.

Os manifestantes irão se concentrar às 8h no aeroporto dos Santos Dumont, na extensão do aterro. De lá, haverá carreata até a avenida Presidente Vargas, em frente ao prédio da Uber. Liberada pela prefeitura, toda a ação ainda terá apoio da Polícia Militar e Guarda Municipal.

Para o R7, a PM informou que o policiamento ostensivo do 5ºBPM (Praça da Harmonia) está trabalhando nas ruas da área central da cidade e os agentes são mobilizados de acordo com as movimentações do ato público, seguindo o planejamento operacional do batalhão.

Posicionamento do Ifood

Em nota, o iFood afirmou que respeita o direito de manifestação e mantém o compromisso de diálogo aberto com os entregadores para buscar melhorias e oportunidades para os profissionais, como também para todo o ecossistema. 

A empresa informou que fez o terceiro reajuste no período de 1 ano: o valor mínimo do quilômetro rodado foi de R$1 para R$ 1,50, além da taxa mínima ir de R$ 5,31 à R$6,00. Ainda foi criado o mecanismo de código de validação da entrega, seguro contra acidentes pessoais e lesão temporária (a única empresa a oferecer essa cobertura).

Desde o início da pandemia da Covid-19, o iFood disse já ter investido mais de R$ 160 milhões em iniciativas de apoio aos entregadores. Segundo projeções da empresa, serão repassados mais de R$ 3,2 bilhões para os parceiros nos próximos 12 meses. "O reajuste será válido para entregadores de todos os modais, não há critérios de elegibilidade", afirmou.

Procurados pela reportagem, a Uber e a 99 ainda não retornaram contato. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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