O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), denunciou, na última terça-feira (9), quatro pessoas supostamente envolvidas em um esquema ilegal que seria comandado por Sérgio Cabral, que está preso em Bangu 8. Além do próprio ex-governador, foram denunciados o ex-procurador-geral de Justiça do Rio, Cláudio Lopes, o então secretário de Governo, Wilson Carlos, e um dos operadores financeiros do grupo de Cabral, Sérgio de Castro Oliveira, o "Serjão". Os quatro são acusados pelo procurador-geral de Justiça em exercício, Ricardo Ribeiro Martins, por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e quebra de sigilo funcional, crimes cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012. A organização criminosa teria desviado verbas de obras custeadas com recursos federais captados pelo Governo do Estado. Em agosto deste ano, após ter sido acusado na delação de um ex-operador de Cabral de receber mesadas para proteger o grupo ex-governador, Cláudio Lopes continuou trabalhando no Ministério Público fluminense. Na época, o órgão afirmou que a análise de possível afastamento só era cabível após a conclusão das investigações e instauração de regular processo criminal. Atualmente, um procedimento disciplinar está em adamento, sob sigilo, na Corregedoria-Geral do MPRJ. Quando surgiram as acuções, Lopes encaminhou um comunicado aos colegas do Ministério Público, negando o crime. “Não tenho a menor sombra de dúvidas que essa leviana e criminosa imputação que me foi feita será devidamente esclarecida e afastada. A afirmação de recebimento de vantagens mensais durante meus dois mandatos é totalmente inverídica, irresponsável e irreal", afirmou Lopes. O advogado de Wilson Carlos informou que a defesa se sente mais confortável em se manifestar nos autos. O R7 aguarda posicionamento dos outros denunciados. O espaço está aberto para manifestação da defesa.*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa