MP-RJ investiga app de transporte supostamente criado por milícia
O órgão e a Polícia Civil fizeram buscas na sede da RP Driver e em endereços ligados aos administradores do aplicativo, na favela de Rio das Pedras
Rio de Janeiro|Do R7
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a Polícia Civil cumpriram na última quarta-feira (18) mandados de busca e apreensão contra uma empresa que administra um aplicativo de transportes, no Rio das Pedras, zona oeste do Rio de Janeiro. Os órgãos suspeitam que o app tenha lucros revertidos para a milícia.
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Agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas) estiveram na sede da empresa RP Driver, administradora do app Rio Driver, e endereços ligados aos sócios do aplicativo.
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De acordo com o MP-RJ, as investigações começaram após uma série de denúncias recebidas pelo órgão apontarem ligação entre o aplicativo e a milícia que controla a comunidade.
Os investigadores ainda tentam apurar se há de fato uma relação entre os empresários e o grupo paramilitar de Rio das Pedras, conhecido historicamente como o primeiro a controlar uma comunidade do Rio de Janeiro.
Em nota, o MP-RJ informou que os próximos passos da investigação são analisar a engenharia financeira da milícia que atua em Rio das Pedras e buscar a “exploração de atividades tidas como lícitas”. O órgão finalizou a declaração destacando a possibilidade da existência de sócios ocultos na sociedade empresarial.
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A empresa RP Driver informou que está colaborando com as investigações da Polícia Civil e destacou que é alvo da investigação "única e exclusivamente" por estar sediada no Rio das Pedras (confira abaixo a nota na íntegra).
"Gostaríamos de esclarecer que estamos colaborando com a investigação policial. É a continuidade do mesmo inquérito que já estamos respondendo, em virtude única e exclusivamente de termos começado a TRABALHAR na comunidade do Rio das Pedras. Ressaltamos que somos uma empresa lícita e regulamentada , não tendo qualquer vínculo com nenhuma atividade criminosa, e, que somos os maiores interessados em elucidar este caso para podermos continuar trabalhando."