MPRJ denuncia segurança por racismo e pede suspensão do funcionamento de loja por 3 meses
A vítima foi impedida de sair do local e obrigada a mostrar onde estavam as peças que havia desistido de comprar
Rio de Janeiro|Gabriel Vital*, do R7
O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) solicitou a suspensão do funcionamento, por três meses, de uma loja situada em um shopping na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, ao denunciar o segurança do estabelecimento por racismo.
Segundo a denúncia, no dia 18 de junho, o funcionário impediu a vítima de sair do local e a obrigou a mostrar onde estavam as peças que havia desistido de comprar. O caso foi registrado na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).
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O documento do MP ainda ressaltou que a ação discriminatória foi motivada unicamente pela infundada suspeita decorrente da cor da pele do consumidor. Além disso, apontou que o homem foi constrangido ao ser obrigado a voltar ao interior da loja para reaver a bolsa e dar conta das peças de roupa que haviam sido entregues a uma funcionária para conferência.
Para o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, não restam dúvidas de que o segurança praticou discriminação racial: “Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”.
*Sob a supervisão de Bruna Oliveira