O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) abriu, nesta terça-feira (31), inquérito para apurar possíveis irregularidades sobre a instalação de uma sala de cinema com home theater na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde está preso o ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Em nota, o órgão afimou que existe um procedimento em curso na 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal para investigar possível prática de crimes contra a administração pública, falsidade ideológica ou material.
Ainda de acordo com o MPRJ, foram coletadas cópias de notícias veiculadas sobre o caso para que a Promotoria analise supostos atos de improbidade administrativa.
Mais cedo, a Seap confirmou que a videoteca está sendo instalada com equipamentos doados pela Igreja Batista do Méier juntamente com a Comunidade Cristã Novo Dia, unidades religiosas cadastradas para trabalhos missionários dentro das unidades prisionais. A Seap ainda apresentou um termo em que consta a doação de um aparelho bluray, um gravador, uma televisão e 160 unidades de CD's. A Igreja Batista do Méier e a Comunidade Cristã Novo Dia assinaram o documento. No entanto, ambas as unidades negaram.
Segundo informações de O Estado de S. Paulo, o controle da videoteca será feito por outro preso da Lava Jato, o ex-secretário de governo de Cabral, Wilson Carlos Carvalho, condenado a 45 anos de prisão por corrupção, que será beneficiado pelo regime de redução de pena. A cada três dias no local, cuidando dos DVDs e do tempo que cada preso ficará assistindo aos filmes, Wilson terá sua pena diminuída em um dia na prisão.
Ainda de acordo a Seap, a sala, que funcionará nos mesmos moldes das outras unidades, terá o acesso dos internos determinado pelo diretor da unidade prisional e que o mesmo irá estabelecer dias e horários de cada galeria para usufruir do benefício.
* Colaborou Juliana Valente, estagiária do R7 Rio