MPRJ mira organização denunciada por furtar combustível de dutos
Operação Porto Negro cumpre cinco mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em quatro Estados
Rio de Janeiro|Do R7
O MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) realiza nesta terça-feira (2) a Operação Porto Negro, deflagrada contra uma organização criminosa denunciada por furtar combustível de dutos da Transpetro, subsidiária da Petrobras. O objetivo da ação é cumprir cinco mandados de prisão e 14 de busca e apreensão.
No Rio de Janeiro, os mandados são cumpridos na capital do Estado, Duque de Caxias e Itaboraí. Dentre as ordens de prisão, está a do capitão da Polícia Militar Marcelo Queiroz. Também são cumpridas ordens de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A denúncia descreve o papel de cada integrante na estrutura da organização criminosa. De acordo com as investigações, a liderança da organização era de Gilson Cunha Júnior e Marcelo Queiroz, que coordenavam toda a operação, desde a escolha do duto, até a subtração do produto, o pagamento aos integrantes, o financiamento do material utilizado no crime e a coordenação do transporte até o receptor.
O denunciado Jorge Dias Braga seria o responsável operacional, subordinado direto das lideranças, auxiliando na realização dos furos nos dutos e no manuseio da mangueira para carregar os caminhões com o combustível.
O caminhão com o líquido furtado era então transportado pelo motorista José Carlos da Silva. Já o receptador do produto furtado era o denunciado Walmir Aparecido Marin, que também financiava a atividade da organização criminosa, fornecendo caminhões para serem usados no transporte. Eles foram denunciados por constituir organização criminosa e furto qualificado.
A denúncia relata três ocasiões em que o grupo realizou furto e receptação qualificada: a primeira em Guapimirim, a segunda em Nova Iguaçu e a terceira em Queimados, ocorridas entre junho e setembro de 2020. Ao todo, foram subtraídos cerca de 169,5 mil litros, causando prejuízo superior a R$ 1.2 milhão. O MPRJ requer que os denunciados sejam condenados a pagar indenização no mesmo valor à Transpetro.
A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) conta com o apoio da DDSD/PCERJ (Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados), da CSI/MPRJ (Coordenadoria de Segurança e Inteligência) e dos Ministérios Públicos de São Paulo e de Minas Gerais.