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MPT-RJ apura relação de trabalho de Moïse em quiosque na Barra

Defesa do proprietário do estabelecimento negou que jovem trabalhasse no local, mas família diz que jovem foi cobrar diária

Rio de Janeiro|Gabriel Pieroni, do R7*

Moïse foi morto em quiosque da zona oeste
Moïse foi morto em quiosque da zona oeste

O MPT-RJ (Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro) abriu inquérito para apurar a morte do congolês Moïse Kabamgabe, morto espancado na última semana, em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio.

O crime foi registrado por câmeras de segurança do quiosque onde a vítima trabalhava. Moïse foi espancado, amarrado e morto por ao menos quatro homens, no dia 24 de janeiro.

A defesa do proprietário do estabelecimento negou que a vítima trabalhasse no local. No entanto, a família de Moïse contou que ele foi morto depois de cobrar duas diárias de serviço, no valor de R$ 200, que não teriam sido pagas.

O órgão vai investigar a relação trabalhistas entre as partes. Em nota, o MPT informou que a denúncia aponta para um possível trabalho sem o reconhecimento de direitos trabalhistas, podendo configurar trabalho em condições análogas à de escravo, na modalidade trabalho forçado, de xenofobia e de racismo.


O Inquérito Civil corre em paralelo com as investigações criminais pelos demais órgãos competentes. Três homens foram presos pela morte do jovem congolês Moïse Kabamgabe.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa

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