No Rio, Lewandowski diz que escritório emergencial é embrião da PEC da Segurança Pública

Após a reunião entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, foi anunciada nesta quarta (29) a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado. O anúncio acontece um dia depois da megaoperação que resultou na morte de pelo menos 119 pessoas, sendo quatro policiais.

“Nós temos essa oportunidade a partir de hoje de fazer essa verdadeira integração. Todos nós temos o mesmo objetivo, que é dar segurança pública às pessoas. Fiquei feliz em compreender do ministro e de sua equipe a mesma lógica que nós temos que o problema da segurança pública, apesar de ser um problema do país inteiro, e o ministro já disse que esse problema é até mais que nacional, é transnacional, o Rio de Janeiro é um dos principais epicentros desse problema”, afirmou Castro.

Lewandowski enfatizou que a ida dos representantes do governo ao Rio de Janeiro é o símbolo de uma colaboração com o estado, ressaltando a decisão de abertura de vagas em presídios federais de segurança máxima, disponibilização de peritos criminais que poderão ser recrutados, dados digitalizados como DNA e registros criminais.

“Nós vamos tomar algumas medidas emergenciais e uma mais permanente [...] um escritório emergencial de enfrentamento do crime organizado. Onde iremos conjugar as forças estaduais com as federais, para resolvermos rapidamente, com os problemas com os quais nos deparamos para a solução dessa crise”, declarou o ministro da Justiça.

Lewandowski ainda afirmou que tais ações são “embriões” em relação ao alvo almejado pelo governo, se referindo a criação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, que está sendo discutida pelo Congresso Nacional.

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