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'Nunca encostei a mão em Henry', diz Jairinho em audiência

Durante depoimento nesta quarta-feira (9), réu afirmou que quer provar sua inocência e a de Monique Medeiros

Rio de Janeiro|Márcio Mendes*, do R7, com Fernanda Macedo, da Record TV Rio

Ex-vereador Jairinho é ouvido pela primeira vez em audiência sobre o caso Henry Borel
Ex-vereador Jairinho é ouvido pela primeira vez em audiência sobre o caso Henry Borel

O ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior falou pela primeira vez sobre a morte de Henry Borel à Justiça nesta quarta-feira (9) e negou ter agredido a criança em algum momento.

"Nunca encostei em nenhum fio de cabelo do Henry. Nunca encostei a mão", afirmou o réu. 

Durante a sessão, a defesa de Jairinho pediu que a audiência não fosse transmitida pela internet. A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, atendeu ao pedido, mas permitiu a permanência da imprensa no local.

Jairo falou por cerca de dez minutos, mas não respondeu ao interrogatório. Ele pediu confronto dos peritos, imagens das câmeras de segurança do hospital e do IML, exame toxicológico, raio-X e folhas do prontuário de Henry.


"Também estou me sentindo muito mal em não falar, tenho vontade de ser interrogado; existe também a justiça de Deus, minha vida foi destruída. Para minha defesa e a da Monique, eu preciso dessas provas", disse o ex-vereador. 

Depoimento de Monique Medeiros

Em cerca de quatro horas de depoimento, Monique Medeiros descreveu o comportamento agressivo de Jairo e detalhou os ataques de ciúme do ex-vereador durante o relacionamento. Em um dos episódios, ela contou ter sido estrangulada na cama, ao lado do filho. 


Monique relatou episódios de agressões feitas por Jairinho, em novembro de 2020, cinco meses antes da morte do menino. Relatou, também, que o ex-vereador teria acessado seu celular em busca de mensagens entre ela e o pai de Henry, Leniel Borel. 

"Ele se incomodou porque eu chamava o Leniel de Lê e ele me chamava de Nique. Eu acordei sendo enforcada na cama por ele, ao lado do meu filho deitado."


Em seu depoimento, Monique afirmou também que só conseguia acalmar Jairinho quando o chamava para a cama e "namorava" com ele. "Todas as vezes que tinha briga, tinha que ser deitada na cama", apontou. 

Protesto por justiça

Pela manhã, o pai de Henry, Leniel Borel, participou de um protesto em frente ao prédio do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) para cobrar justiça no caso da morte do filho. Entre os manifestantes estava a mãe de Eliza Samudio.

Acusações

O menino Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março de 2021, no apartamento onde morava o casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O laudo pericial concluiu que a criança teve hemorragia após uma pancada forte no fígado.

Monique e Jairo estão presos desde abril do ano passado. Eles foram denunciados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) pela prática de homicídio qualificado, tortura, coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica.

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*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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