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“O que Jairo quer esconder?”, diz pai de Henry Borel sobre audiência

Ex-vereador não quis falar no depoimento desta quarta-feira (9), que teve transmissão online suspensa pela juíza

Rio de Janeiro|Do R7

Leniel Borel, pai de Henry, morto em março de 2021, acompanhou a audiência de Jairo Souza dos Santos Júnior e Monique Medeiros do lado de fora do Tribunal de Justiça do Rio na manhã desta quarta-feira (9). Ao saber que o ex-vereador, acusado de torturar o menino de 4 anos, não quis falar durante seu depoimento, ele questionou: “O que Jairo quer esconder?”.

Leniel Borel acompanhou audiência do lado de fora do TJ-RJ
Leniel Borel é pai no menino Henry Borel

“Ele quer esconder a verdade sobre o assassinato brutal do meu filho. Como ele assassinou? Como foi a morte de Henry? Ele tem o direito de ficar calado, mas e meu direito como cidadão, como pai e como vítima? Que direito eu tenho?”, disse Leniel em entrevista à Record TV Rio.

A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, no Rio de Janeiro, acatou um pedido da defesa de Jairo e o depoimento do réu não foi transmitido online. A imprensa presente teve que acompanhar a sessão sem usar celular nem computador.

Cerca de dez minutos após o início da audiência, Jairo deixou a sala e preferiu não falar. Antes, ele pediu uma série de diligências para coletar novas provas.


Como é testemunha de acusação, Leniel não pôde assistir aos depoimentos de hoje. “Já perdi o meu filho e estou aqui todos os dias lutando por justiça. Todo meu tempo, todo meu dinheiro pra fazer justiça pelo meu filho. Até meu último centavo eu vou gastar para colocar aquele cara na cadeia, e que a prisão seja máxima”, disse.

Depois que as testemunhas foram ouvidas no ano passado, agora é a vez de a mãe e o padrasto de Henry Borel falarem sobre o caso, na quarta audiência. A sessão está sendo realizada na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade.


Preso desde abril, o casal foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pela morte da criança de 4 anos com emprego de tortura, motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. O crime aconteceu no dia 8 de março no apartamento de Jairinho, na Barra da Tijuca.

No dia 6 de outubro de 2021, a primeira audiência do caso foi realizada. Até o dia 14 de dezembro, as dez testemunhas de acusação foram ouvidas e, em seguida, as testemunhas de defesa do ex-vereador Jairinho. No dia seguinte, 15 de dezembro, foi a vez da defesa de Monique.

Além do homicídio triplamente qualificado, o caso envolveu coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica. Jairinho responde a outros processos por violência sexual contra uma ex-namorada e por torturar a ex-enteada, que na época do ocorrido tinha a idade de Henry.

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