Operação contra agentes públicos envolvidos com milícia prende 6
Entre alvos, estão policiais militares e agentes penitenciários. Casa de delegada é alvo de mandado de busca e apreensão
Rio de Janeiro|Do R7, com Anabel Reis, da Record TV Rio
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizam uma operação contra envolvidos com a milícia na manhã desta sexta-feira (20). Segundo a investigação, policiais militares e agentes penitenciários forneciam informações sigilosas para a organização criminosa que domina o estado.
Já são seis presos até as 8h. Ao todo, foram expedidos dez mandados de prisão pela 1ª Vara Criminal da Capital — três deles contra um sargento, um capitão e um tenente da Polícia Militar.
Também há 11 mandados de buscas e apreensão, inclusive para a casa de uma delegada casada com um dos agentes penitenciários. De acordo com a polícia, a senha da delegada teria sido utilizada para pesquisar placas de carros em favor dos milicianos.
Foram apreendidos relógios, facas, armas e dinheiro em espécie na casa dos alvos da operação Heron.
O trabalho investigativo teve início para deter o miliciano e foragido da justiça Francisco Anderson da Silva Costa, conhecido como Garça ou PQD. Garça seria o homem de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko — morto durante uma operação da Polícia Civil em junho de 2021.
O braço direito paramilitar seria o responsável pela gestão dos valores provenientes das extorsões praticadas pela milícia, pelo pagamento de propina aos agentes públicos e ainda liderava os famosos "bondes" nas inúmeras ações armadas perpetradas pelo grupo do qual faz parte.
Chefiada por Ecko até a morte, agora a milícia que atua principalmente na zona oeste do Rio e na Baixada Fluminense é comandada pelo irmão Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho.
Às 10h30, está agendada uma coletiva de imprensa sobre a operação na Cidade da Polícia, zona norte da cidade, com policiais da Draco (Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais).