Operação do Bope busca assassinos de policial na Cidade de Deus 

Moradores da Cidade de Deus, zona oeste do Rio, vivem mais um dia de intensos confrontos na região. Na manhã desta terça (3), policiais do Bope (Batalhão de operações Especiais) fazem uma operação na comunidade, em busca de criminosos envolvidos na morte de um sargento do Bope. Este é o quinto dia consecutivo de ações policiais na Cidade de Deus.

Logo no início da manhã, pouco antes das 7h, houve intenso tiroteio no local. Por conta disso, as aulas na área foram suspensas, prejudicando mais de cinco mil estudantes. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 12 escolas e sete instituições de ensino infantil não estão funcionando nesta manhã, deixando de atender 5.101 alunos.

Segundo os moradores, o clima é tenso na área. Um caveirão, veículo blindado da Polícia Militar, está sendo usado na operação.

Nesta segunda (2), um suspeito morreu e um policial foi baleado em mais um dia de confrontos na comunidade. Durante a operação, os agentes apreenderam armas, munições e uma grande quantidade de drogas. Não houve prisões. 

Segundo o comando do Batalhão de Jacarepaguá (18º BPM), o tiroteio teve início após criminosos atacarem policiais durante a rendição do serviço na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). O mesmo ocorreu no domingo (1º), quando militares também foram atacados durante a troca de turno.

Já no sábado (30), o confronto ocorreu durante incursões do 18º BPM e do Bope, em resposta ao assassinato de um agente do Bope na região. O sargento Adilson Ferreira Riça Filho, de 40 anos, foi encontrado morto dentro de um condomínio na Taquara, na última sexta-feira (29). Para a Divisão de Homicídios, ele foi reconhecido e morto por criminosos da Cidade de Deus.

O Portal dos Procurados divulgou um cartaz pedindo informações sobre os assassinos do policial, com recompensa de R$ 5 mil. O sargento foi o 105º policial morto no Estado do Rio este ano.

No mesmo dia em que o agente do Bope foi encontrado morto, PMs da UPP da Cidade de Deus foram atacados a tiros quando passavam pela Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes, via de acesso à favela.

Jaqueline Suarez, estagiária do R7 Rio