Operação no RJ: veja como a imprensa internacional repercutiu a ação
De uma ponta a outra do mundo, notícias têm sido divulgadas sobre a operação, que resultou na morte de ao menos 121 pessoas
Rio de Janeiro|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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A megaoperação das polícias Militar e Civil no Rio de Janeiro, que deixou ao menos 121 mortos, tem sido amplamente divulgada não só pela mídia nacional, mas pelo mundo todo.
Desde terça-feira (28), quando ocorreu a ação, veículos internacionais têm atualizado o número de mortos e divulgado matérias e artigos de opinião sobre o ocorrido.
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Alemanha
A emissora alemã DW (Deutsche Welle) destacou a proximidade da COP30 ao falar dos mortos.
“O Rio já testemunhou operações policiais em larga escala e, às vezes, pesadas, visando áreas mais pobres e assoladas pelo crime antes de eventos internacionais, com batidas semelhantes antes dos jogos da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016, da cúpula do G20 do ano passado e da cúpula do BRICS no início deste ano”, enfatizou.
Argentina
Clarín
O periódico argentino Clarín destacou as “cenas de guerra no Rio de Janeiro”. “Um vídeo mostra quase 200 tiros disparados em um minuto, em meio a nuvens de fumaça”, escreveu o jornal.
“Apesar do enfraquecimento, o Comando Vermelho continua controlando partes do Rio de Janeiro. É comum ver as ruas de muitas favelas cariocas marcadas com a sigla CV”, acrescentou.
La Nácion
O La Nación deu visibilidades às declarações do governador Cláudio Castro (PL), quando o liberal disse que a operação é “uma ação em defesa do Estado”.
O jornal também entrou em contato com Diego Hernán Dirisio, empresário argentino preso em Córdoba e acusado de vender armas ao Comando Vermelho, que negou qualquer ligação com a organização criminosa.
Estados Unidos
Um dos maiores jornais americanos, o The New York Times reforçou, ao abordar a operação, a declaração de Castro sobre a operação ter sido um ataque contra “narcoterroristas”.
O jornal relacionou a fala aos comentários do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou sentir “inveja” das operações militares dos EUA no Caribe e sugeriu um bombardeio governado por Donald Trump na Baía de Guanabara.
França
A rádio francesa RFI deu detalhes sobre a ação dos policiais. De acordo com a emissora, foram utilizados “dois helicópteros, 32 veículos blindados e 12 veículos de demolição usados para destruir barricadas erguidas por traficantes de drogas”.
Inglaterra
O jornal britânico The Guardian chamou a operação de “Guerra no Rio de Janeiro” e apresentou ao público inglês a dinâmica do Complexo do Alemão e da Penha, onde vivem mais de 300 mil pessoas.
“Ativistas de direitos humanos e políticos da oposição expressaram indignação com o derramamento de sangue”, pontuou o jornal.
Espanha
O jornal espanhol El País destacou a dualidade do Rio de Janeiro, afirmando que, enquanto o estado é um grande destino turístico, tem uma população acostumada à violência.
“Os níveis de força empregados na terça-feira foram extraordinários até mesmo para os moradores locais”, ressaltou o jornal.
“O enorme contingente policial foi recebido com intenso tiroteio por membros do Comando Vermelho, que chegaram a lançar granadas de drones contra os policiais”, descreveu.
Portugal
O Público, jornal tradicional de Portugal, noticiou detalhes da ação, descrevendo como os membros do Comando Vermelho teriam utilizado drones para lançar granadas contra policiais. O veículo também relembrou outros eventos semelhantes.
“Nos últimos anos, têm-se multiplicado as intervenções militares contra grupos criminosos no Rio de Janeiro. Em 2021, 28 pessoas morreram em circunstâncias similares na favela do Jacarezinho, no Norte do estado”, pontuou.
Em março deste ano, o Público publicou uma crônica sobre o Rio de Janeiro, elogiando a cidade.
”No fundo, o que se percebe no Rio de Janeiro é que a alegria é, afinal, a suma eficácia de um ser vivo. A eficácia humana que existia antes das máquinas - e que é contemporânea do mar, da floresta e da montanha”, escreveu o jornalista Gonçalo Tavares
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