Pacientes sofrem com superlotação, goteiras e calor em hospital do RJ
Segundo denúncias, problemas ocorrem no Adão Pereira Nunes; direção disse que recebe muitos pacientes e já pediu manutenção de ar condicionado
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV Rio
Acompanhantes denunciaram as más condições que pacientes enfrentam no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (25). Entre os principais problemas apontados estão goteiras nos corredores, calor e superlotação.
Um vídeo gravado dentro da unidade mostrou baldes espalhados pelo chão para conter a água da chuva, que entrou pelo teto. Na mesma imagem, é possível ver pacientes em macas num corredor ao lado de goteiras.
Segundo relatos, o ar condicionado do hospital está quebrado e, por isso, os acompanhantes precisam abanar os pacientes, já que não há espaço para colocar ventiladores.
Emocionada, uma acompanhante disse que a mãe aguarda por uma cirurgia ortopédica há uma semana.
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"Minha mãe quebrou o tornozelo na segunda-feira passada e se encontra até agora sem cirurgia em condições desumana, porque não tem ar condicionado lá dentro. Além disso, a enfermaria está superlotada. É um lugar pequeno para muita gente. Por mais que alguns enfermeiros tentem fazer alguma coisa, eles não estão conseguindo".
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A mãe de um menor reclamou que não pode acompanhar o filho internado em razão da superlotação do hospital.
"Meu filho de 15 anos está na sala verde e não posso acompanhá-lo, o que é um direito dele, porque o local está superlotado."
Outra mãe denunciou a falta de profissionais na unidade hospitalar:
"Nenhum ortopedista ou cirurgião apareceu para falar comigo. Meu filho já colocou um ferro para estabilizar um osso, mas ele precisa fazer uma cirurgia".
Em nota, a direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes informou que a unidade conta com sistema de ar refrigerado, no entanto, o Estado do Rio de Janeiro vem registrando altas temperaturas. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) cobrou à OSS (Organização Social de Saúde) que administra a unidade a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado e solução do problema.
Sobre falta de médicos no hospital, a secretaria disse que a unidade está em pleno funcionamento e que diariamente o hospital recebe um grande fluxo de pacientes, já que é uma das poucas unidades de emergência de porta aberta na região.
Assista ao vídeo: