Pandemia e gravidez interrompem viagem à vela de família argentina

Como o novo coronavírus, uma gravidez e uma viagem pela costa do Brasil em um veleiro podem afetar a vida de três argentinos? Uma relação de causa difícil de ser feita, se não estivéssemos falando dos Dordal. Juan Manuel, Constanza e o pequeno Ulisses, de apenas 4 anos, entraram em um barco em Buenos Aeres, na Argentina, mas ao chegar ao Brasil, descobriram a quarta tripulante.

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A família, que saiu do país vizinho há cerca de dois anos para explorar as belezas dos mares brasileiros, chegaram até o Morro de São Paulo, na região central da Bahia, onde descobriram a gravidez de Constanza. Como não poderia ser diferente, os argentinos decidiram dar um nome brasileiro para a pequena: Renata.

“A gente colocou o nome de Renata porque é um nome muito conhecido aqui”, disse Constanza. “Ficava perigoso [voltar] porque voo, aeroporto... A gente prefere ficar no barco, no mar, mais afastado”.

Atualmente, a família está atracada na praia da Urca, zona sul do Rio de Janeiro. Os argentinos chegaram à Cidade Maravilhosa há três semanas em busca de uma maternidade que considerassem boa para o nascimento de Renata.

“Quando fecharam as maternidades, tivemos que puxar a âncora e navegar 14 horas com a Constanza grávida de oito meses até chegar em uma maternidade boa para nós”, explicou Juan Manuel.

Para dividir a viagem com família e amigos, o casal criou um perfil nas redes sociais chamado “El Barco Amarillo”, que tem 68 mil seguidores. O próximo objetivo dos tripulantes é navegar até Ilha Grande, na Costa Verde, assim que Renata completar dez dias de vida.

“A experiência de morar em um barco e viver viajando para nós é um sonho virando realidade. Tem muito mundo para conhecer, muito mar para navegar”, concluiu Juan Manuel.

*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa