PF conclui inquérito sobre incêndio no Museu Nacional no Rio
Corporação descartou omissão por parte dos gestores da instituição, já que eles começaram meses antes do incêndio uma reforma no prédio
Rio de Janeiro|Vinícius Andrade, do R7*
Após um ano e dez meses do incêndio no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio, a Polícia Federal concluiu, nesta segunda-feira (06), que o início do fogo aconteceu em um aparelho de ar condicionado, instalado no interior do auditório Roquette Pinto, localizado no 1º andar do prédio.
Segundo a corporação, o CBMERJ (Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro) havia iniciado em 2015 uma fiscalização no museu. O oficial dos bombeiros, que não terminou a inspeção, foi punido administrativamente.
Três anos depois da atuação dos bombeiros, o Reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e a então diretora do Museu Nacional assinaram contrato para a revitalização e adequação do prédio ao código do CBMERJ.
Leia também
Com base nas provas, a PF não caracterizou a conduta dos gestores como omissa, porque a obtenção de verba para a reforma do prédio havia sido concluída meses antes do incêndio.
No ano passado, a instituição anunciou que algumas salas do prédio seriam reabertas em 2022, e deve estar completamente pronto em 2025.
Incêndio
Em setembro de 2018, as chamas consumiram durante seis horas, pelo menos 80% do acervo, um dos mais importantes da América Latina nas áreas de ciências naturais e antropológicas. Algumas coleções foram completamente perdidas, como a que reunia 12 milhões de insetos.
Além disso, sarcófagos e múmias da coleção egípcia também foram destruídos pelo fogo e bem como uma parte significativa do material etnográfico de indígenas brasileiros.
No entanto, o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, com 12 mil anos, foi salva. Além de outras peças, como meteoritos, coleções raras, cerâmicas indígenas e outros materiais do acervo da instituição.
*Estagiário do R7,sob supervisão de PH Rosa